REVOLUÇÃO
FRANCESA - 1789/1799
Um dos acontecimentos históricos mais importantes
dos últimos tempos, pois marca a queda do poder do rei e a Ascenção da
burguesia ao poder. Marca também o início da Idade Contemporânea. A França da
época era uma Monarquia Absolutista, uma sociedade estamental dividida em :
1º Estado: Clero – Alto Clero – (Bispos e abades) e
Baixo Clero – Padres e Monges
2º Estado: Nobreza
(Cortesã – vivia no palácio cortejando o rei - provincial – proprietária de terras explorava
os camponeses e Toga – burgueses muito ricos que compravam títulos de propriedades).
3º Estado: Burguesia (classe rica de comerciantes e
artesãos) e trabalhadores do campo (80% da população) e trabalhadores urbanos
(sans culotes). Havia intensas desigualdades
sociais: havia uma nobreza ociosa e luxuosa que gastava muito com festas,
roupas, joias etc. e uma população miserável, carente até de alimentos básicos
a sua sobrevivência. A desigualdade também era jurídicas (Primeiro e Segundo
Estados não pagavam impostos)
Questões econômicas imediatas a eclosão da
Revolução; Crise no setor de alimentos: secas estiagens levaram a quebra de
safra levando a fome; no setor têxtil: acordo feito com a Inglaterra que passou
a vender seus tecidos na França, desestruturando produção têxtil gerando falências e desemprego.
Também a França tinha muitos gastos com guerra, sobretudo a Guerra de independência
dos Estados Unidos que a França ajudou para vingar a Inglaterra. Tudo isso
contribuiu para uma intensa crise financeira agravada pelos intensos gastos da
corte. Resumindo gastava-se mais que arrecadava e isso foi acumulando um déficit
público que por volta de meados do século XVIII gerava intenso descontentamento
em toda sociedade. Aliado a isso tudo os ideais dos filósofos Iluministas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade eram
propagados pela França, combatendo o absolutismo e propondo uma nova sociedade,
baseada nos três poderes de Montesquieu. O Rei Luis XV, tentou resolver a
situação propondo a nobreza e clero que também pagasse impostos, mas estes
reagiram imediatamente contrários fazendo uma Revolta Aristocrática se negando a pagar. Sugerem ao Rei que
convoque a Assembleia dos Estados Gerais – que existia na França, mas que há muito
tempo não se reunia. Nesta Assembleia o sistema de votação era por Estado
(sempre o 1º e 2º votavam juntos, não dando chance ao 3º Estado). Estes
propuseram que a votação fosse por pessoa, pois o 3º Estado representava quase
97% da população e tinha um número maior de Deputados que o 1º e 2º juntos.
Isso gerou um impasse, pois os membros do 1º e 2º Estados não aceitaram tal
proposta. Os membros do 3º Estado então se reuniram em uma sala a parte do
Palácio e se auto declararam Assembleia
Nacional Constituinte, cujo objetivo era elaborar uma nova Constituição
para a França. O Rei tentou reagir, mas não teve força. Nas ruas o povo se
apodera da Bastilha – antiga prisão política, símbolo do absolutismo e agora depósito de armas e munições, esse fato
marca o início da revolução, com intensa violência e derramamento de sangue. A
Assembleia promulga a Constituição obrigando o rei a assiná-la – a França
torna-se então uma Monarquia Constitucional. O Rei conspira contra a revolução tentando
organizar fora da França uma contrarrevolução. Um elemento fundamental dessa
nova Constituição foi a Declaração
Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, ainda hoje presentes nas
Constituições democráticas defendendo um dos mais caros princípios iluministas,
a igualdade de todos perante a lei. Neste momento duas forças políticas mais
importantes disputava o poder na França revolucionária: Os Jacobinos – representantes da pequena e Média burguesia, eram
radicais que profundas transformações e que essas mudanças atingissem as camadas mais populares. Os Girondinos representavam os interesses
da alta burguesia e eram mais moderados. Existia também o grupo de planície –
oportunistas, mudavam de lado conforme fosse mais conveniente. Este momento da revolução foi marcado pelo
domínio jacobino, chamado a Convenção
Nacional que criaram medidas de alcance mais popular, (tabelamento de
preços, novo calendário, reforma agrária, voto universal) mas implantaram a
fase terror, ao julgar (Tribunal
Revolucionário) e condenar a morte na Guilhotina acusados de serem contra a
revolução. A França viveu um banho de sangue. O próprio rei foi guilhotinado –
implantou-se uma República que se tornou nada mais que uma ditadura jacobina. A população estava
cansada disso o que levou a enfraquecer o poder jacobino. Os próprios líderes
jacobinos foram também vítimas da guilhotina: Danton, Robes Pierre e Marat que foi
assassinado na banheira pela camponesa Charlott. A Alta burguesia girondina, apoiada
pelo exército, assume o controle da revolução e implanta o Diretório, composto por cinco membros e anula as medidas populares
da Constituição anterior. Elabora outra Constituição voltada aos interesses
burgueses. Convida Napoleão Bonaparte (general vitorioso na luta contra os
contrarrevolucionários) a fazer parte do Diretório. Napoleão dá um golpe –
Golpe do 18 Brumário, põem fim a revolução e assume o poder na França, dando
início a Era Napoleônica.
Profª Zilda
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