sábado, 14 de maio de 2016

RESUMO PARA OS TERCEIROS A - B - D - E e SEGUNDO FD

REVOLUÇÃO FRANCESA - 1789/1799
Um dos acontecimentos históricos mais importantes dos últimos tempos, pois marca a queda do poder do rei e a Ascenção da burguesia ao poder. Marca também o início da Idade Contemporânea. A França da época era uma Monarquia Absolutista, uma sociedade estamental dividida em :
1º Estado: Clero – Alto Clero – (Bispos e abades) e Baixo Clero – Padres e Monges
 2º Estado: Nobreza (Cortesã – vivia no palácio cortejando o rei -  provincial – proprietária de terras explorava os camponeses e Toga – burgueses muito ricos que compravam títulos de propriedades).
3º Estado: Burguesia (classe rica de comerciantes e artesãos) e trabalhadores do campo (80% da população) e trabalhadores urbanos (sans culotes).  Havia intensas desigualdades sociais: havia uma nobreza ociosa e luxuosa que gastava muito com festas, roupas, joias etc. e uma população miserável, carente até de alimentos básicos a sua sobrevivência. A desigualdade também era jurídicas (Primeiro e Segundo Estados não pagavam impostos)
Questões econômicas imediatas a eclosão da Revolução; Crise no setor de alimentos: secas estiagens levaram a quebra de safra levando a fome; no setor têxtil: acordo feito com a Inglaterra que passou a vender seus tecidos na França, desestruturando  produção têxtil gerando falências e desemprego. Também a França tinha muitos gastos com guerra, sobretudo a Guerra de independência dos Estados Unidos que a França ajudou para vingar a Inglaterra. Tudo isso contribuiu para uma intensa crise financeira agravada pelos intensos gastos da corte. Resumindo gastava-se mais que arrecadava e isso foi acumulando um déficit público que por volta de meados do século XVIII gerava intenso descontentamento em toda sociedade. Aliado a isso tudo os ideais dos filósofos Iluministas de  Liberdade, Igualdade e Fraternidade eram propagados pela França, combatendo o absolutismo e propondo uma nova sociedade, baseada nos três poderes de Montesquieu. O Rei Luis XV, tentou resolver a situação propondo a nobreza e clero que também pagasse impostos, mas estes reagiram imediatamente contrários fazendo uma Revolta Aristocrática se negando a pagar. Sugerem ao Rei que convoque a Assembleia dos Estados Gerais – que existia na França, mas que há muito tempo não se reunia. Nesta Assembleia o sistema de votação era por Estado (sempre o 1º e 2º votavam juntos, não dando chance ao 3º Estado). Estes propuseram que a votação fosse por pessoa, pois o 3º Estado representava quase 97% da população e tinha um número maior de Deputados que o 1º e 2º juntos. Isso gerou um impasse, pois os membros do 1º e 2º Estados não aceitaram tal proposta. Os membros do 3º Estado então se reuniram em uma sala a parte do Palácio e se auto declararam Assembleia Nacional Constituinte, cujo objetivo era elaborar uma nova Constituição para a França. O Rei tentou reagir, mas não teve força. Nas ruas o povo se apodera da Bastilha – antiga prisão política, símbolo do absolutismo e  agora depósito de armas e munições, esse fato marca o início da revolução, com intensa violência e derramamento de sangue. A Assembleia promulga a Constituição obrigando o rei a assiná-la – a França torna-se então uma Monarquia Constitucional. O Rei conspira contra a revolução tentando organizar fora da França uma contrarrevolução. Um elemento fundamental dessa nova Constituição foi a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, ainda hoje presentes nas Constituições democráticas defendendo um dos mais caros princípios iluministas, a igualdade de todos perante a lei. Neste momento duas forças políticas mais importantes disputava o poder na França revolucionária: Os Jacobinos – representantes da pequena e Média burguesia, eram radicais que profundas transformações e que essas mudanças atingissem  as camadas mais populares. Os Girondinos representavam os interesses da alta burguesia e eram mais moderados. Existia também o grupo de planície – oportunistas, mudavam de lado conforme fosse mais conveniente.  Este momento da revolução foi marcado pelo domínio jacobino, chamado a Convenção Nacional que criaram medidas de alcance mais popular, (tabelamento de preços, novo calendário, reforma agrária, voto universal) mas implantaram a fase terror, ao julgar (Tribunal Revolucionário) e condenar a morte na Guilhotina acusados de serem contra a revolução. A França viveu um banho de sangue. O próprio rei foi guilhotinado – implantou-se uma República que se tornou nada mais que  uma ditadura jacobina. A população estava cansada disso o que levou a enfraquecer o poder jacobino. Os próprios líderes jacobinos foram também vítimas da guilhotina: Danton, Robes Pierre e Marat que foi assassinado na banheira pela camponesa Charlott. A Alta burguesia girondina, apoiada pelo exército, assume o controle da revolução e implanta o Diretório, composto por cinco membros e anula as medidas populares da Constituição anterior. Elabora outra Constituição voltada aos interesses burgueses. Convida Napoleão Bonaparte (general vitorioso na luta contra os contrarrevolucionários) a fazer parte do Diretório. Napoleão dá um golpe – Golpe do 18 Brumário, põem fim a revolução e assume o poder na França, dando início a Era Napoleônica.


Profª Zilda

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