segunda-feira, 26 de maio de 2014

COPA DO MUNDO - ALGUMAS REFLEXÕES


FUTEBOL E IDENTIDADE BRASILEIRA


Poucas nações e gerações têm a oportunidade de sediar e vivenciar um mega evento futebolístico. Inúmeras e riquíssimas são as oportunidades de reflexão sobre este tema que é tão presente na realidade e história do Brasil 
.Durante as décadas de 1930 e 1940, o futebol tornou-se muito popular no Brasil, sendo utilizado pelo governo Vargas como uma forma disciplinadora da sociedade. É por isso que, em 1933, o governo criou a profissão de jogadorde futebol, obrigando todos os jogadores, como qualquer outro operário, a se sindicalizar. Na verdade, a profissionalização do jogador de futebol correspondia a um movimento cultural e político maisamplo, envolvendo tanto os interesses de disciplina social do Estado, a dinâmica específica do futebol, quantoum clima cultural, que perpassava toda a sociedade, de produção de uma identidade nacional forte. Com relaçãoà situação específica do futebol, a profissionalização correspondia à tensão que existia entre a tradição elitistae amadora dos primórdios da prática esportiva e a necessidade de regulamentar nos clubes - numa conjunturade popularização do futebol - a crescente participação de jogadores remunerados, de sua maioria de origempobre e negra. (RIBEIRO, 2003, s/p.) Nesse período, em pleno movimento de intervenção do governo Vargas, é difundida no Brasil a ideia da “democracia racial”, isto é, predominava uma teoria de miscigenação na constituição do povo brasileiro, quesupostamente teria levado à total ausência de preconceitos raciais e étnicos.


Fonte: Livro da Copa do Mundo produzido pela SEED
Post. Profª Zilda

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