sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Conteúdo do PAS/UEM: As sociedades indígenas e o impacto das invasões conquistadoras







Povos Pré-Colombianos



Desde quando Colombo chegou à América, em 1492, o continente já era habitado há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento tanto cultural como material que são classificados em: sociedades de coletores, caçadores e sociedades agrárias.

Três culturas são de destaque nos povos pré-colombianos: os Astecas que habitavam as regiões do atual México, os Maias nas atuais regiões da Guatemala, Honduras e a Península de Yucatán (região sul do atual México) e os Incas na Cordilheira dos Andes (América do Sul).

Mesmos alienados do desenvolvimento da Europa e dos outros continentes alcançaram notáveis conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas de construção, metalurgia e cerâmica. Não conheciam a roda e o cavalo, mas desenvolveram técnicas eficientes de agricultura. Enquanto o fim da cultura maia acredita-se ser um mistério até hoje, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante a conquista espanhola durante o período das Grandes Navegações.

Os primeiros habitantes do continente americano foram os índios (assim denominados por Cristóvão Colombo por achar que teria chego às Índias), que já encontravam-se nos mais diferentes estágios de cultura. O contato dos colonizadores com os indígenas foi desastroso. Muitas tribos foram dizimadas e algumas civilizações em alto grau de desenvolvimento, destruídas. Na América Pré-Colombiana os principais povos “indígenas” eram: os Incas, os Astecas e os Maias.

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Verde Claro: Astecas; Verde Escuro: Maias; Vermelho: Incas
Incas


Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul) nos atuais países do Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.

O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média (funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu, descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado, pois acreditavam que os deuses formaram os seres humanos a partir do milho) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.

Machu Picchu


A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como a condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).

Domesticaram a lhama, típicas dessa região e a utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã, carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas. Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.

Maias

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Porém nos séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.

Ao contrário dos outros povos nunca chegaram a formar um império unificado, o que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. Acreditavam que o império maia seria um representante dos deuses na Terra.

A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.

Pirâmides Maias

A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império. Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, o uso de tintas em tecidos e roupas. 

A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano, lembrando e muito nosso calendário de hoje. Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes. Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero que usamos até hoje.
Astecas

Eram um povo guerreiro que habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. 

A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). 

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.


Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau, etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.O artesanato era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.

A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

Fontes: http://www.suapesquisa.com/astecas/
              http://www.coladaweb.com/historia/grandes-descobrimentos-e-a-america-pre-colombiana
Aluno: Matheus Canesin 2ºA

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