Análise
do poema “Perguntas de um trabalhador que lê” – Bertolt
Brecht
PERGUNTAS
DE UM TRABALHADOR QUE LÊ
Quem
construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis:
Arrastaram eles os blocos de pedra?
Nos livros estão nomes de reis:
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a
Babilônia várias vezes destruída
Quem a reconstruiu tantas vezes?
Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em
que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A
grande Roma está cheia de arcos do triunfo:
Quem os ergueu?
Sobre quem triunfaram os Césares?
Quem os ergueu?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A
decantada Bizâncio
Tinha somente palácios para os seus habitantes?
Tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo
na lendária Atlântida
Os que se afogavam
gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou?
Os que se afogavam
gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou?
O
jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
Sozinho?
César
bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe
da Espanha chorou,
quando sua Armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
quando sua Armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico
II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A
cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Quem pagava a conta?
Tantas
histórias.
Tantas questões.
Tantas questões.
Pontos de vista:
“As
perguntas, movem o mundo”
→ Natalia:
Oi João! Você leu o texto que está logo acima?
→ João:
Oi Natalia! Eu li sim.
→ Natalia:
Que legal! Então podemos iniciar um breve debate sobre ele, certo?
Uma vez que também o li do começo ao fim!
→ João:
Com certeza! É sempre bom desenvolvermos um debate de determinado
assunto para abrirmos um mundo de ideias e argumentos, uma vez que
eles podem ser contra ou a favor.
→ Natalia:
Então... Vamos começar! Eu entendi que através da leitura, você
se torna uma outra pessoa, mais crítica e menos alienada. E o que
você conseguiu extrair desse poema?
→ João:
Eu consegui extrair conhecimento e sabedoria, porque a cada texto ou
discurso que lemos extraímos informações importantes, que nos
ajudam compreender e entender que a leitura faz parte do cotidiano de
todos.
→ Natalia:
Nossa! Concordo com você! Uma pessoa que lê, questiona, discorda da
realidade que é imposta e possui uma visão diferente daquelas que
não lêem... As primeiras possuem uma visão mais ampla... olham a
mesma coisa de outra forma... enquanto as outras... são manipuladas
facilmente por falta de conhecimento...
→ João:
Com a leitura é possível embarcarmos num mundo de ideias, e
tornarmos mais construtivos em relação aos nossos argumentos, tendo
uma visão mais plena e concreta, mediante as coisas do mundo.
→ Natalia:
Espere João! Você teria uma hipótese do por quê o autor optou a
usar a história como tema do seu poema?
→ João:
Bom! Podemos notar que o título já vem com a intenção de nos
passar algo, ou até mesmo de nos manipularmos, até porque por trás
de tudo que lemos há uma intencionalidade implícita.
→ Natalia:
Ahh sim, o título... Eu achei muito interessante que o poema todo
fala das pessoas escondidas na história, e que todos eles são
trabalhadores... Já imaginou se todos esses “anônimos da
história”, lêssem como este (o trabalhador do título) que faz
tan-tas perguntas??
→ João:
Pois é... Pra vermos que o poema já vem com a intenção de mostrar
que a leitura já vem sendo excluída e escassa no cotidiano de
muitos... mas vamos mudar essa realidade, Natalia?
→ Natalia:
Sim Sim! Que vontade de ler que deu agora, João!! Vamos mudar esta
realidade sim, e fazer com que a leitura volte a fazer parte da vida
e do cotidiano dessas pessoas!!
→ João:
É isso aí! Ainda estamos em tempo de mudar o mundo.
Escrito
por:
João
Piraccini 3ºA
Natalia
Sayuri 3ºA