A África esta dividida em duas regiões claramente
delimitadas: Uma, ao norte é conhecida como África setentrional; e outra, mais
ao sul, é a África subsaariana, e o deserto do Saara é o que separa uma da
outra. A África setentrional foi o berço de civilizações florescentes, como a
dos egípcios e a dos cartagineses. A abundância de terras com a densidade
demográfica contribuiu para que até os primeiros séculos da era cristã
prevalecessem ali culturas ligadas à caça e à coleta de alimentos.
→ O Reino de Axum
Localizada na costa oriental do continente africano,
em uma área conhecida como chifre da África, a Etiópia é um dos países mais
pobres do mundo. Seus principais habitantes eram originários do sul da
península Arábica. No século VII a. C já havia agricultura e a criação de bois,
ovelhas, cabras, e cavalo, conheciam arado e a escrita de caracteres semíticos.
Com o passar dos séculos seus primeiros acampamentos e
aldeias cresceram. A cidade de Adúslis, no litoral do mar vermelho tornou-se um
movimento porto, no qual eram comercializados produtos da índia. A cidade que
mais se desenvolveu com tudo foi Axum, no início da era cristã Axum era o
centro de um intenso comércio de marfim e outras mercadorias africanas, com
plumas, obsidiana, ouro e sal. O enriquecimento levou a cidade a conquistar
territórios vizinhos e a se constituir como reino. Inicialmente o reino ocupava
certa de 48 mil quilômetros quadrados. Com o aumento de território o reino
derrotou Kush, na região da Núbia.
→ Reinos de Sahel
Costa da Guiné é o nome de uma região do oeste da
África compreendida ente a atual serra leoa e o delta do rio Níger, na Nigéria.
Os primeiros assentamentos ali ocorreram ente 600 e 200 a. C, juntos a oásis e
rios, surgiram em seguida aldeias e cidades e o comércio se expandiu. Aos
poucos, essas comunidades se tornaram mais complexas e se transformaram em
estados governados por um rei. O desenvolvimento comercial permitiu que alguns
estados se tornassem mais ricos e poderosos e passassem a dominar seus vizinhos
dando origem a reinos como Gana e Mali.
Localizada no extremo sul de uma importante rota de
comércio transaariano, onde hoje se localiza a Mauritânia, o reino de Gana
surgiu por volta do século IV e ficou conhecido em razão de sua produção de
ouro. A extração aurífera era grande e gana se tornou o principal fornecedor de
metal ao mundo mediterrâneo.
→ Os Bantos.
A expressão Bantos designa diversos povos
africanos cujas línguas tem origem comum. No século XIII, esses povos ocupavam
cerca de dois terços do continente africano. Além de viverem da caça, da pesca,
e da coleta de alimentos, domesticavam animais e praticavam a chamada
agricultura de coivara. Com essas mudanças, os Bantos povoaram áreas muito
extensas do continente africano. O chamado grande Zimbábue surgido por volta de
1.300, na área hoje pertencente ao Zimbábue, ali eles se tornaram artesões,
pastores, agricultores e comerciantes, que levavam a região ouro e marfim para
vender na costa oriental do continente. Durante o período colonial e imperial,
milhões de Bantos foram trazidos como escravos para o Brasil. Assim como
ocorreu com a cultura iorubá, muitas características da cultura banta
encontram-se na base da cultura brasileira. Congadas, simpatias, mezinhas,
rezas, diversas palavras e ritmos são algumas dessas manifestações culturais.
Reinos
africanos (Séculos VII a.c – XV d.c).
Autor: Eduardo Ercolin
Fonte: livro “Historia em movimento Gislane
e Reinaldo”
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