Nasceu
em Meca, na atual Arábia Saudita e órfão
muito cedo, foi criado primeiramente pelo avô paterno, e mais tarde
pelo tio, Abu Talib, coletor de impostos e mercador, que o iniciou
nas artes do comércio. Preocupado com a idéia de restabelecer a
religião monoteísta de Abraão, Ibrahim em árabe, teve na religião
sua área de interesse privilegiado, tornando-se um político
talentoso, chefe militar e legislador. Aos 25 anos, já com a
reputação de comerciante honesto e bem-sucedido, casou-se com a
rica viúva Cadidja, 15 anos mais velha do que ele. O matrimônio
durou até a morte de Cadidja (617), num castelo pertencente a Abu
Talib, que morreria dois anos após, onde o profeta estava refugiado.
Aos 40 anos recebeu a
missão de pregar a vontade de Alá, afirmado como deus único,
eterno, criador de tudo que existe. As revelações teriam se
repetido durante toda a vida do profeta e logo começaram a ser
registradas por escrito e com elas compôs o Al Corão. Seu
monoteísmo chocava-se com as crenças tradicionais das tribos
semitas e foi obrigado a fugir para Iatribe (622), atual Medina, isto
é, Cidade do Profeta, onde as tribos árabes viviam em permanente
tensão entre si e com os judeus. Estabeleceu a paz entre as tribos
árabes e com as comunidades judaicas e começou uma luta contra Meca
pelo controle das rotas comerciais.
Conquistou Meca (630) e,
de volta a Medina, morreu dois anos depois, sem haver nomeado um
sucessor, porém deixando uma comunidade espiritualmente unida e
politicamente organizada em torno aos preceitos do Al Corão, cuja
edição definitiva seria publicada alguns anos após (650). A nova
religião foi chamada islamismo ou Islã, que significa submissão à
vontade divina, e seus adeptos, muçulmanos, os que se submeteram.
TEXTO: Isabela
Bandini e Murilo Trombini
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