terça-feira, 1 de abril de 2014

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO


DIVISÃO DO TRABALHO


Nas sociedades pré-indústriais já existia uma divisão do trabalho como repartição de tarefas necessárias a sobrevivência do grupo, com objetivo de obter maior rendimento. A partir do surgimento da sociedade industrial (Inglaterra, séc XVIII ), a divisão do trabalho aparece de forma mais intensa, sendo que cada operário passa a realizar uma etapa da produção. Adam Smith foi um dos primeiros pensadores a falar sobre esse assunto, mostrando as vantagens dessa divisão para o sistema capitalista da época. No texto a seguir ele coloca a divisão do trabalho numa fábrica de alfinetes: “ Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito pequena , mas na qual a divisão de trabalho tem sido muito notada: a fabricação de alfinetes. Um operário não treinado para essa atividade (que a divisão de trabalho trasformou num indústria específica) nem familiarizado com a ultilização das máquinas ali empregadas (sua invenção provavelmente também se deveu à mesma divisão de trabalho), dificilmente poderia talvez talvez fabricar um único alfinete em um dia, empenhado o máximo trabalho; de qualquer forma, certamente não consiguirá fabricar vinte. Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma industria específica, mas está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a maior parte também constitui provavelmente um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se três ou quatro operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente 18 operações distintas, as quais, em algumas manufaturas, são executadas por pessoas diferentes, ao passo,que em outras, o mesmo operário executa 2 ou 3 delas. Vi uma pequena manufatura desse tipo, com apenas dez empregados, e na qual alguns desses executavam 2 ou 3 operações diferentes. Mas, embora não fossem muito hábeis , e, portanto, não estivessem particularmente treinados para o uso das máquinas, conseguiam, quando se esforçavam, fabricar em torno de 12 libras de alfinetes por dia. Ora, uma libra contém mais de 4 mil alfinetes de tamanho médio. Por conseguinte, essas 10 pessoas conseguiam produzir entre elas mais de 48 mil alfinetes por dia. Assim, já que cada pessoa conseguia fazer 1/10 de 48 mil alfinetes por dia, pode-se considerar que cada produzia 4800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, e sem que nenhum delas tivesse sido treinado para esse ramo de atividade, certamente cada um deles não teria conseguido fabricar 20 alfinetes por dia e talvez nem mesmo 1, ou seja: com certeza não conseguiria produzir a 240ª parte e talvez e nem mesmo a 4800ª parte daquilo que hoje são capazes de produzir, em virtudes de uma adequada divisão do trabalho e combinação de suas diferentes operações.

Aluno: Felipe Suzuki e profª Zilda
Fonte de pesquisa: Secretaria de Estado da Educação.

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