segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Gabarito do Capítulo 7 para os alunos dos terceiros anos


1.        Na segunda metade do século XIX, ocorreu uma série de fatos que contribuíram par o fim da Monarquia. A origem social desse processo encontra-se nas transformações socioeconômicas do período, com a aceleração da urbanização especialmente no Sudeste e Sul. O trabalho escravo foi progressivamente substituído pelo trabalho assalariado, com a vinda de imigrantes europeus. O crescimento industrial também atraiu mão de obra europeia para as cidades brasileiras. Houve ainda a expansão do setor de serviços, promovida pela entrada do capital inglês, predominante na construção das ferrovias. Essas transformações conduziram à ampliação das camadas médias urbanas e à intensificação da vida cultural, fenômenos que contribuíram para a formação de uma opinião pública capaz de se mobilizar pela cidadania republicana, contra a Monarquia aristocrática e o trabalho escravo. Por outro lado, os fazendeiros de São Paulo se viam excluídos do poder, visto que a composição política do Império não refletia a importância econômica da região, privilegiando o Nordeste com um grande número de representantes no Senado. A queda da Monarquia, porém, estaria ainda associada também ao fortalecimento das correntes republicanas no Exército e ao surgimento de republicanos de última hora, os cafeicultores do Vale do Paraíba que consideravam o fim da escravidão um risco para suas lavouras e a Monarquia como responsável pela Abolição.
2.        A Questão Religiosa surgiu em 1871, quando o imperador ordenou que os bispos de Olinda e Recife reabrissem as irmandades religiosas religiosas fechadas pelos prelados porque tinham relações com a Maçonaria. Os bispos não acataram a ordem imperial, foram presos e condenados a trabalhos forçados(só foram anistiados em 1875). A Questão Militar referia-se aos confrontos e atritos entre o governo de dom Pedro II e os oficiais do Exercito provocados pelo descontentamento dos militares por não terem direito a se manifestar politicamente.
3.        A insatisfação de políticos liberais radicais, cafeicultores e representantes das camadas médias do Rio de Janeiro e de São Paulo levou, em 1870, à criação do Clube Republicano. O porta-voz da nova organização era o jornal carioca A república, dirigido por Quintino Bocaiuva. A chamada Campanha Republicana ganhou mais impulso em 1873, quando políticos ligados aos cafeicultores paulistas fundaram, na cidade de Itu, em São Paulo, o Partido Republicano Paulista – PRP. O movimento não assumiu uma forma revolucionária, sobretudo porque , em seu interior, havia grupos com interesse na manutenção da escravidão, tema que não foi tratado, por exemplo, no Manifesto Republicano. Esse grupo defendia uma transição sem o rompimento integral da ordem vigente.
4.        O manifesto defende que o regime de federação seria o único capaz de garantir comunhão da família brasileira, isto é, a unidade do território e da nação. Em contrapartida, a Monarquia representaria um regime contrário à democracia e, por seu “caráter permanente e hereditário”, estaria eivada do “vicio da caducidade”.
5.        Os moderados eram apoiados pelos grandes proprietários rurais e propunham uma transição pacifica para o regime republicano, portanto, sem o rompimento completo com a ordem vigente. Muitos, por exemplo, eram contrários ao fim da escravidão. O grupo radical ou revolucionário era composto de representantes das camadas médias uranas e acreditava que o Brasil deveria passar por uma revolução semelhante à Revolução Francesa, com forte participação popular. Alguns de seus lideres defendiam a morte da herdeira do trono, a princesa Isabel e de seu marido, o conde D'Eu. Finalmente, os militares adeptos ao positivismo defendiam a instalação de uma ditadura republicana, inspirados pela filosofia do pensado francês Auguste Comte.
6.        Durante o ano de 1889, Quintino Bocaiuva, líder nacional do movimento republicano, procurou aproximar-se dos militares em busca de apoio para a luta contra a Monarquia. Em 11 de novembro daquele ano o marechal Deodoro da Fonseca foi convencido por um grupo de políticos e apoiar a causa republicana. O marechal relutou porque era amigo do imperador. Ao mesmo tempo, militares do Rio de Janeiro fizeram contato com políticos paulistas, como Campos Sales e Prudente de Morais, que apoiaram ideia de um golpe para derrubar a Monarquia. O ato foi marcado para o dia 20 de novembro. Entregando, no dia 14 espalhou-se um boato de que o marechal Deodoro seria preso como líder do levante. Na manha do dia 15, Deodoro conduziu um batalhão a frente do prédio do ministério da Guerra e depois todo o ministério ali reunido. No mesmo dia, José do Patrocínio e outros lideres foram a Câmara dos vereadores do Rio de Janeiro e anunciaram o fim da Monarquia, lembra tivessem duvidas se o marechal havia derrubado a Monarquia ou apenas o ministério. Ao ser informado sobre os acontecimentos, dom Pedro II ainda tentou reorganizar seu ministério, mas desistiu. Em 17 de novembro embarcou com a família para Portugal.
ALUNO: João Vitor Alarcon Fernandes


Nenhum comentário:

Postar um comentário