quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Gabarito do Capítulo 25- alunos dos segundos anos


1- A partir do século XI, com a reativação do comércio e da vida urbana, surgiu um novo grupo social formado por mercadores que enriqueceram e se fortaleceram com a atividade comercial: a burguesia. Esse grupo via no poder dos senhores feudais um obstáculo para o crescimento e a prosperidade do comércio. Nos domínios de cada propriedade, havia pesos e medidas diferentes, impostos diversos e abusos praticados pelos senhores feudais. Assim, a burguesia procurou aproximar-se dos reis em busca de apoio político capaz de limitar os poderes da nobreza. Por outro lado, alguns monarcas, interessados em enfraquecer a nobreza feudal e em fortalecer seu próprio poder, passaram a aproximar-se da burguesia, adotando medidas a favor desse grupo social. Finalmente os pobres também viam na figura real uma espécie de protetor contra as injustiças cometidas pelos senhores feudais. Apoiando-se nesses conflitos de interesses e contando com o apoio da burguesia mercantil, os reis puderam enfrentar e vencer a resistência dos senhores feudais e concentrar poderes em suas mãos: tinha início a formação das monarquias nacionais na Europa ocidental.
2- A Carta Magna foi uma resposta da nobreza à uma excessiva centralização do poder real. Em 1215, o rei João Sem-Terra sofreu um cerco pelas forças militares de um grupo de nobres, às margens do rio Tâmisa. Essa reação da nobreza levou o monarca a atender às exigências de seus adversários, contidas num documento posteriormente chamado Carta Magna. Ela proibia o rei decretar novos impostos ou criar leis sem a aprovação do Grande Conselho, formados por representantes da nobreza e do alto clero. Ela foi importante para a organização política na Inglaterra porque deu início às futuras garantias que iriam impedir a centralização total do poder real.
3- Na França, a monarquia iniciou o processo de centralização durante a dinastia dos capetíngios com o apoio da burguesia. Ao centralizar o poder, as novas medidas tomadas favoreceram o comércio e contribuíram para ampliar o prestígio do rei junto à população. O rei Felipe II (1180-1223) foi particularmente importante nesse processo de centralização. Ele integrou membros da burguesia no seu governo e delegou a cobrança de impostos e a fiscalização do comércio para agentes administrativos. Posteriormente, Luís IX (1226-1270) criou uma moeda de circulação nacional e ampliou o poder dos tribunais do rei (em oposição aos tribunais sob controle dos senhores feudais). Finalmente, Felipe IV (1285-1314) convocou uma assembléia conhecida como Estados Gerais, com representantes da nobreza, do clero e da burguesia. Essa assembléia aprovou a cobrança de impostos do clero, resolvendo uma disputa entre Felipe IV e o papa Bonifácio VIII e, com isso, fortalecendo ainda mais o poder real.
4- A Guerra dos Cem Anos levou a França a um longo processo de luta contra os ingleses que terminou com a unificação definitiva ao território e da coroa francesa. Para expulsar os ingleses, a monarquia francesa havia mobilizado os sentimentos de identidade do povo francês. Joana D' Arc, por exemplo, foi uma liderança importante no conflito, estimulando os franceses a lutarem, pois ela acreditava que havia sido enviada por Deus para derrotar os ingleses. Esses fatores fortaleceram op Estado e o sentimento de identidade nacional dos franceses.
5- Nos primeiros séculos da era cristã, a península Ibérica foi ocupada pelos romanos, que transformaram a região na província de Hispânica. Com as invasões germânicas, a península foi ocupado pelos visigodos, povo de origem germânica. Em 711, quase toda a região caiu sob domínio muçulmano. Tempos depois, os cristãos deram início a ações de resistência à ocupação muçulmana, desencadeando lutas descontínuas, conhecidas como Reconquista, que pretendiam expulsar os muçulmanos da península. No século XI, essa ofensiva cristã se tornou sistemática. A partir de então, em quatro séculos de luta, as cidades sob controle muçulmano caíram uma após a outra, até que toda a península for ocupada por reinos cristãos.
6- a) No segundo mapa, que mostra a península em 1085, quando o Condado Portucalense foi entregue pelo rei Afonso VI ao nobre francês Henrique de Borgonha.
b) Apenas no último mapa, que mostra a península em 1212, quando muçulmanos detinham apenas o Reino de Granada.
c) À medida que os muçulmanos eram expulsos, reinos e condados cristãos expandiam seus territórios. Lentamente, o processo de lutas, o sentimento de apego ao território e a união de alguns reinos (por meio de casamentos ou disputas) levaram à formação dos dois Estados nacionais, Portugal e Espanha.
7- Em 1383, o último monarca da dinastia de Borgonha havia morrido sem deixar herdeiros. O rei de Castela pretendia anexar Portugal ao seu território. A disputa dividiu a sociedade portuguesa entre partidários da coroa de Castela e os que queriam a manutenção da independência (especialmente, mercadores, uma parte da nobreza e dos setores mais pobres da população). Em meio à disputa, a segunda facção conduziu dom João ao trono para garantir a independência de Portugal e, consequentemente, fortalecer o poder real.
8- Após a união dos reinos, os reis católicos selaram com a Igreja uma aliança com o objetivo de expulsar da Espanha muçulmanos e judeus. Em 1478, o papa Sixto IV assinou uma bula autorizando a criação de um Tribunal do Santo Ofício na região sob controle do governo. Para os reis da Espanha, o tribunal da Inquisição funcionava como um abraço de seu poder. O tribunal deu início a um período de intolerância e perseguições a dissidentes e opositores por razões religiosas e políticas. Sob a ação da Inquisição, as reações contrárias à centralização do Estado nas mãos de Fernando e Isabel, ou contra qualquer política do governo, partissem essas reações de pessoas das camadas baixas da sociedade, de antigos senhores feudais ou de representantes da burguesia, seriam sufocadas no nascedouro.
ALUNOS: Isabela Bandini
Murilo Henrique Trombini

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