quinta-feira, 2 de julho de 2015

Guerra de Secessão: da divisão social à divisão geográfica. Parte Final.

A Política e a Diplomacia


No começo da história dos Estados Unidos, seus habitantes viam a escravidão como algo necessário, porém, após a Independência, alguns poucos abolicionistas pressionaram o governo para acabar com a escravidão, mas sem sucesso. A presidência do país ficou centrada nos estados do sul, sendo que 12 das 16 eleições colocaram um dono de escravo na Casa Branca.
Em 1854, o Ato de Kansas-Nebraska criou os estados de Kansas e Nebraska, onde a escravidão seria permitida, o Ato também especificava que caso um território fosse elevado a categoria de Estado, teria direito a votar para o fim ou a continuação da escravidão. Porém os Estados do Norte vetaram essa parte do Ato, pelo fato de que quando a escravidão já está em um território dificilmente sairá de lá. O Ato de Kansas-Nebraska gerou revolta nos nortistas, especialmente nos Republicanos que eram totalmente contra a escravidão. Entre os principais membros do Partido Republicano estava Abraham Lincoln. Lincoln foi lançado como candidato para a presidência pelos republicanos, porém perdeu devido ao maior número de eleitores estar localizado no sul.




A Confederação tentou ser reconhecida como um novo país, porém precisava demonstrar que era capaz de sustentar-se e que tinha poder. Pensando ter o apoio do Reino Unido e da França uma frente diplomática foi enviada para lá, porém foi parada pela União para que não conseguissem o apoio. Após perder a Batalha de Antietam e de Getytsburg, os países perderam o interesse em apoiar a Confederação e assumiram uma posição neutra. Nenhum outro país reconheceu a Independência da Confederação.

Quando Abraham Lincoln foi eleito como Presidente, houve uma grande movimentação nos Estados Confederados, já que Lincoln era nortista e abolicionista. A questão da escravidão estava em cada canto e em todas a batalhas seguintes se ouvia o rumor do fim da guerra porque o presidente oficializaria o fim da escravidão. Porém, Abraham estava demorando-se para oficializar e estava sofrendo duras críticas dos seus colegas de partido. O fim da guerra veio após o fim da escravidão. Abraham Lincoln foi assassinado em 14 de abril por um extremista sulista.



Constituição americana de 1787 dizia que "todos os homens são iguais". Ironicamente, após a independência ter sido alcançada, e até o fim da Guerra Civil Americana, os Estados Unidos eram o maior país escravista do mundo. Após o fim da guerra, os americanos tentaram tornar real essa igualdade, através da aprovação da 13ª Emenda à Constituição americana, a qual foi ratificada no final de 1865, acabando oficialmente com a escravidão no país. A 14ª Emenda, aprovada em 1868, definia cidadania e dava ao governo federal amplos poderes para forçar os estados a oferecerem proteção legal igualitária a todos. A 15ª Emenda foi aprovada em 1870 e dava odireito de voto aos afro-americanos do sexo masculino e maiores de idade .
Porém, o lugar dos afro-americanos na sociedade americana continuou indefinido, e eles continuaram a ser marginalizados, uma vez que leis antidiscriminação ainda não existiam na época. O sul seria ocupado por tropas do Norte até 1877, e diversos afro-americanos foram colocados em posições importantes do governo dos Estados sulistas, pelo governo da União. A maior parte da população sulista sentiu-se humilhada com essas medidas, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Ku Klux Klan, que empregavam a violência para perseguir os afro-americanos e defender a segregação racial.




Rudi Henrrique 2ºA

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