terça-feira, 14 de abril de 2015

Liberté, d'égalité et de fraternité - Quanta violência é justificável para uma sociedade melhor?

A Revolução Francesa... Não há na História Contemporânea um evento que mudaria tantos marcos como a Revolução. Um rei morreria, e junto com ele, uma monarquia que já atravessara séculos.
Porém, como tantos revolucionários acreditavam, a História não poderia mudar sem um pouco de sangue derramado, o que motivou as diversas cabeças que rolaram na guilhotina, cabeças essas como as do rei Luís XVI e da rainha Maria Antonieta, assim como a cabeça do próprio Maximilien de Robespierre, outrora considerado a "voz do povo" em meio à Revolução, acabou vítima do sistema que ele próprio ajudou a instituir.
Apesar dos grandes avanços que esse marco histórico nos trouxe, como o primeiro conceito de cidadania, a primeira República com uma constituição que a Europa veria, ao pesquisar sobre o assunto podemos perceber que os revolucionários chegaram a um ponto onde podemos questionar: será que não houve derramamento de sangue demais? O povo começou a temer o novo regime, que executava pessoas a esmo, sob a desculpa de "proteger a República dos traidores".
Após a morte do Rei, a situação só fez piorar, pois os jacobinos (classe revolucionária que discutia os direitos da média burguesia e do povo em geral), "liderados" por Robespierre, começaram uma série de políticas que ficou conhecida como O Terror, onde qualquer pessoa que demonstrasse a mínima opinião contrária ao governo era morta, o que causaria o medo em toda a população francesa.
A execução de Robespierre se deu devido à sua crescente paranoia, apoiada principalmente pelo jornalista Jean-Paul Marat, que em seu jornal fazia diversas apologias à violência, e a execução de qualquer pessoa que se opuser ao regime. Marat foi morto por uma camponesa, que sendo parte de todo o povo que já estava cansado de tanta violência, culpou o jornalista pelas constantes mortes, e pensou que talvez se Marat morresse, as execuções diminuiriam, e assim ela o fez. A morte de Marat acabou transformando-o em um mártir, e aumentando ainda mais a tensão entre o povo e os revolucionários.
Ao final das contas, diversos levantes conspiratórios começaram a se formar, porém foram todos derrubados pelo governo com a ajuda de Napoleão Bonaparte, jovem e inteligentíssimo general francês, que mais tarde, com um esperto jogo de poderes, instauraria uma nova ditadura na França.


Segue o link para o documentário sobre a Revolução Francesa, com todos os detalhes que usei de base para este texto


Igor de Lucca

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