O
PERÍODO PRÉ-COLONIAL
Nos trinta primeiros
anos da chegada dos portugueses ao Brasil, o governo português não
tomou medidas que visavam a colonização do Brasil. Nesse período,
o interesse econômico da metrópole portuguesa estava voltada para o
comercio de especiarias nas Índias, e para a exploração da costa
africana ( ilhas de Açores, Cabo Verde e Madeira). No entanto,
Portugal enviava ao Brasil, expedições de Reconhecimento, que
tinham como principal objetivo buscar riquezas no território
brasileiro. Umas das riquezas encontradas no litoral, na Mata
Atlântica, foi o pau-brasil, que era utilizado principalmente para
pintar tecidos, pois dele era extraída a cor vermelha. Vejamos a
seguir, as principais características do extrativismo do
pau-brasil.
Características:
1.Estanco
(o produto era um monopólio real)
2.A
extração era feita com a mão-de-obra do índio, que recebia em
troca do seu trabalho presentes, bugigangas ( Essa troca de trabalho
por presente é chamada de escambo)
3.A
madeira era armazenada em feitorias construídas no litoral.
4.O
extrativismo do pau-brasil foi uma atividade predatória, mesmo após
o incio do cultivo da cana-de-açúcar, a exploração manteve-se até
o esgotamento total das matas compostas pela árvore.
No entanto, Portugal
se deparou com as invasões dos franceses que vinham ao Brasil roubar
o pau-brasil. Na tentativa de solucionar o problema, o governo
português enviou as expedições Guarda-Costas que tinham a função
de vigiar o literal e evitar o contrabando do pau-brasil.
Em 1530, o governo
português interessado em combater as invasões estrangeiras, e já
que o comércio com o oriente não era mais tão lucrativo, Portugal
enviou a primeira expedição de colonização, sob a chefia de
Martim Afonso de Sousa, para iniciar a colonização do Brasil.
Período
Colonial: (1530-1822)
Administração
1.Capitanias
Hereditárias
Para colonizar o
Brasil, o governo metropolitano implantou o primeiro sistema
administrativo na colônia; as Capitanias Hereditárias ou
Donatárias.
O Brasil foi
dividido em 14 capitanias, e estas foram doadas a elementos da
nobreza portuguesa. Neste sistema administrativo, o poder era
descentralizado e funcionava baseado em dois documentos: a Carta de
Doação e o Foral (documento no qual constava os direitos e deveres
dos donatários).
Somente São Vicente
e o Pernambuco prosperaram. O sucesso do Pernambuco estava
relacionado a produção e exportação do açúcar.
O fracasso da
capitanias:
Distancia
da metrópole
Falta
de recursos econômicos
Muitos
donatários não vieram tomar posse das capitanias
ataques
de índios que já habitavam as terras supostamente encontradas
pelos portugueses, que se sentiam ameaçados e então procuravam sua
segurança, se obrigando a atacar os colonizadores portugueses.
Governo
Geral
Com o fracasso das
Capitanias hereditárias, o governo português resolveu implantar na
colônia o Governo Geral, que tinha como objetivo fazer a
centralização e continuar a colonização.
1º. Tomé de Sousa.
Primeiro governador geral do Brasil. Para promover a centralização
construiu a primeira capital do Brasil; a cidade de Salvador. Além
disso, o seu governo foi marcado pela instalação do primeiro
Bispado na Colônia. Dessa maneira, nascia uma aliança entre a
Igreja e o Estado no processo da colonização do Brasil.
2º. Duarte da
Costa. Foi no seu governo, que os franceses instalaram no Rio de
Janeiro a sua colônia, França Antártica. Os franceses invadiram o
Brasil, pois fugiam das guerras religiosas (católicos contra
protestantes) ocorridas em seu país.
3º. Mem de Sá. No
seu governo ocorreu a Confederação dos Tamoios, guerra ocorrida
entre os índios e português. Os índios contaram com o apoio dos
franceses. Após combater os índios, os portugueses expulsaram os
franceses do Brasil.
Para administrar as
vilas, foram criadas as Câmaras Municipais, formada pelos
homens-bons, que eram os membros da aristocracia brasileira, isto é,
proprietários de terras e escravos.
Economia
colonial
A cana-de-açúcar
foi a atividade econômica que promoveu a colonização do Brasil. O
principal centro de produção de açúcar foi a Capitania do
Pernambuco. Dentre os motivos que explicam o seu sucesso podemos
mencionar a riqueza do solo (massapé), o clima, a proximidade da
Europa e a presença do capital holandês. Os holandeses financiaram
a produção do açúcar e em troca receberam o monopólio do refino
e da distribuição do açúcar na Europa. O açúcar foi a principal
atividade econômica do Brasil, nos século XVI e XVII.
Características
a economia açucareira:
Como colônia de
exploração, a economia brasileira apresentava as seguintes
características: latifúndio, monocultura, mercado externo e
escravidão ( predomínio da escravidão negra). Essas
características eram típicas das colônias de exploração e é
denominada de plantation.
O açúcar era
produzido nos engenhos. O engenho era composto pela Casa-Grande,
senzala, capela e Casa de Fabricar o açúcar.
No século XVII, com
a expulsão dos holandeses do nordeste e a produção do açúcar nas
Antilhas, a produção do açúcar no Brasil, entrou em decadência.
Sociedade
Colonial (Século XVI, XVII)
A sociedade do
açúcar era formada por grupos sociais básicos; os senhores de
engenhos e os escravos. Era uma sociedade patriarcal (valorização
do homem, marginalização da mulher), rural, estamental (rígida,
sem mobilidade social, marcada pelo nascimento) e escravista. A base
do trabalho era o negro na escravidão.
Os negros eram
vistos como mercadorias, e representavam uma fonte de acumulação de
capital. Contudo, os negros não foram passivos á escravidão, pelo
contrário, desenvolveram estratégias de resistência a escravidão.
Por exemplo, fugiam, cometiam suicídio, assassinavam os senhores,
mais com certeza, a maior expressão de sua resistência foi a
formação dos quilombos.