A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO ROMANO
A partir do século III, o Império Romano entrou numa crise
que culminaria com sua queda no século V. Inúmeros foram os fatores de sua
decadência: os gastos para a manutenção da burocracia estatal, a ineficiência administrativa,
os golpes militares e um violento processo inflacionário. De fato, a luta pelo
poder entre os exércitos romanos era constante: inúmeros foram os imperadores
fantoches das legiões. A partir de 235, a anarquia militar se estabeleceu em
Roma. Em 33 anos, Roma conheceu 23 imperadores, todos vítimas de morte
violenta. De todos os imperadores do Baixo Império, três tiveram uma relativa
importância, em função das reformas que empreenderam na tentativa de superar a
crise romana. Entre 288 e 305, Diocleciano tentou uma reforma administrativa.
Ciente de que as conquistas militares estavam se esgotando e a mão-de-obra
escrava diminuía, o Imperador instituiu o colonato: uma espécie de arrendamento
das terras, no qual o trabalhador recebia um lote, devendo em troca cultivar
alguns dias por semana a terra do proprietário. O colono ficava vinculado ao
lote, não podendo abandoná-lo e nem ser expulso dele. Diocleciano, preocupado
com a enorme extensão do Império, instituiu a tetrarquia, dividindo o
território romano em quatro unidades administrativas: duas governadas por
imperadores com o titulo de Augusto e as outras duas administradas por
suplentes que recebiam o nome de César. Esta divisão administrativa não
sobreviveu a Diocleciano, pois, após sua morte Roma passou a ser novamente
governada por um indivíduo. No século IV, o Imperador Constantino, além
de dar liberdade de culto aos cristãos, transferiu a capital do Império para
Bizâncio, atual Istambul na Turquia. Esta passou a chamar Constantinopla. Em 395, o Imperador Teodósio, cristão
fervoroso, dividiria o Império em duas partes: Império do Ocidente, com sede em Roma, e Império do Oriente, tendo por
capital Constantinopla. Seus filhos, Honório e Arcádio, passariam a ser
responsáveis pela administração imperial. As tentativas desses imperadores não
foram suficientes para impedir a decadência de Roma, agora irreversível. Uma
estrutura social atrofiada: anarquia militar, crise econômica, diminuição da
mão-de-obra escrava e ineficiência burocrática, não resistiria à pressão dos
bárbaros germânicos. Inicialmente, Roma bem recebeu os germânicos, que foram
fixando nas fronteiras do império. A partir de 378, os bárbaros germânicos
invadiram Roma. 410: a grande invasão, Roma tomada pelos visigodos; 455,
entrariam os vândalos e em 476, os hérulos. O último imperador de Roma, Rômulo
Augustulo, seria deposto e o império ocidental morria.
Post. Profª Zilda
Post. Profª Zilda
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