Após
a expulsão dos holandeses do Nordeste do Brasil, a economia da
região, dependente da agromanufatura do açúcar, sem capitais para
investimento em lavouras, equipamentos e mão-de-obra (escrava), e
face ao declínio dos preços do produto no mercado internacional,
devido à concorrência do similar produzido nas Antilhas, entrou em
crise.
Dependentes
economicamente dos comerciantes portugueses, junto a quem contraíram
dívidas agravadas pela queda internacional dos preços do açúcar,
os latifundiários pernambucanos não aceitaram a emancipação
político-administrativa do Recife, até então uma comarca
subordinada a Olinda. A emancipação de Recife foi percebida como
uma agravante da situação dos latifundiários locais (devedores)
diante da burguesia lusitana (credora), que por esse mecanismo
passava a se colocar em patamar de igualdade política.
Os
senhores de engenhos de Olinda cade vez mais endividados pois não
obtinham mais lucros com a produção açucareira, foram pedir
emprestado dinheiro aos mascates, comerciantes portugueses que
ocupavam a cidade de Recife, mas eles cobravam juros altíssimos
pelos empréstimos assim fazendo os senhores de engenhos cade vez
mais endividados.
Olinda
era a principal cidade de Pernambuco, onde morava os mais ricos
senhores de engenhos, após uma guerra de preços no mercado europeu
a fortuna desses senhores foi acabando, assim começaram a pedir
dinheiro emprestado aos comerciantes de Recife, que era um mero
povoado. Aos poucos os senhores foram adquirindo ódio contra os
mercadores, e os mercadores conscientes de sua importância foram
pedir ao rei de Portugal que o povoado fosse elevado a vila. Quando o
rei aceitou a elevação, os senhores de Olinda armaram uma revolta
assim fazendo os mercadores mais ricos fugirem para não serem
capturados.
Depois
de muita luta, que contou com a intervenção das autoridades
coloniais, finalmente em 1711 o fato se consumou: Recife foi
equiparada a Olinda. Assim terminou a Guerra dos Mascates.
Com
a vitória dos comerciantes, essa guerra apenas reafirmava o
predomínio do capital mercantil (comércio) sobre a produção
colonial.
Aluno: João Vitor Alarcon
Fonte: wikipedia.com
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