Origem e colonização
A palavra Paraná tem um significado Tupi e quer dizer: [Do G. pará: mar + anã: semelhante, parecido] Paraná: semelhante ao mar, grande como o mar. A história do Paraná começa antes mesmo do descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era habitado por povos indígenas, como os tupi-guaranis, caingangues e xoclengues. Entre as primeiras cidades que foram fundadas, estão Paranaguá, Curitiba, Castro, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Guarapuava e Palmas.
Desde o início do século XVI, exploradores
europeus atravessaram o território paranaense, tendo sempre como ponto de
partida o litoral atlântico. O primeiro europeu a percorrer toda a extensão
deste território foi o bandeirante Aleixo Garcia.
Em 1541, Dom Alvarez Nuñes Cabeza de
Vaca, partindo da Ilha de Santa Catarina seguiu por terra em direção a oeste
tomando posse simbólica do território em nome da Espanha. Nesta fase a Coroa
Espanhola para assegurar o seu território (definido pelo Tratado de
Tordesilhas) cria cidades e algumas reduções.
No ano de 1554 é criada a primeira
povoação européia em território paranaense, a vila de Ontiveros, às margens do
rio Paraná, perto da foz do rio Ivaí. Dois anos depois, o povoamento se
transfere para perto da foz do rio Piquiri, recebendo o nome de Cuidad Real del
Guairá - hoje município de Terra Roxa - , que juntamente com Vila Rica do
Espírito Santo - nas margens do rio Ivaí - formou a província de Vera ou do
Guairá.
Os Portugueses não ficaram atrás e no
início do século XVI, criaram duas capitanias sobre o nosso litoral. A
primeira, a Capitania de São Vicente, na região compreendida entre a Barra de
Paranaguá e a de Bertioga. A segunda, a Capitania de Sant’Ana, desde a Barra de
Paranaguá até onde fosse o território assegurado pelo Tratado de Tordesilhas.
Em meados de 1600 intensifica-se a
presença dos vicentinos (moradores da capitânia de São Vicente) em todo o
litoral e nos Campos de Curitiba, em 1648 o povoado de Paranaguá é elevado à
categoria de Vila com a denominação de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá.
Diogo de Unhate foi o primeiro
português a requerer terras em solo paranaense; em 1614 obteve uma Sesmaria na
região de Paranaguá, localizada entre os rios Ararapira e Superagüi. Na
seqüência, em 1617, Gabriel de Lara funda uma povoação na Ilha da Cotinga, que
depois transferiu para a margem esquerda do rio Taquaré (hoje Itiberê).
História e
Economia
No século XVII descobriu-se no Paraná uma área aurífera,
anterior ao descobrimento das Minas Gerais, que provocou o povoamento tanto no
litoral quanto no interior. Após o descobrimento de Minas Gerais, o ouro que
Paranaguá possuía perdeu importância. As famílias ricas que ficaram e que
possuíam grandes extensões de terra passaram a se dedicar à criação de gado,
que logo abasteceria a população das Minas Gerais.
Com a abertura do caminho do Viamão (que ligava a Vila
de Sorocaba em São Paulo a Viamão no Rio Grande do Sul), em 1731, a criação e a
invernagem de gado dão o início à principal atividade econômica paranaense do
século XVIII, o tropeirismo. Ao longo do caminho do Viamão,
organizaram-se pousos, invernadas e freguesias, como as de Sant’Ana do Iapó, de
Santo Antônio da Lapa originando vilas e futuras cidades do Paraná atual, como
a ocupação dos Campos de Curitiba, os Campos Gerais, bem como, no século XIX,
os Campos de Guarapuava e Palmas. O Tropeirismo se esgotou na década de 1870
pelo aparecimento das estradas de ferro as quais fizeram com que os animais de
carga perdessem sua função econômica.
Mas foi no século XIX que nas terras do centro e do
sul do Paraná foram ocupadas pelos fazendeiros. No fim desse século, a
erva-mate dominou a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os líderes
que partilhavam o poder que durou até 1930 quando a concorrência com a
Argentina encerrou a predominância da erva no Paraná.
Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a
região da araucária aos portos e a São Paulo, ocorreu novo período de
crescimento. A partir de 1850, o governo provincial de São Paulo
empreendeu um amplo programa de colonização, especialmente de alemães,
italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram decisivamente para a
expansão da economia paranaense e para a renovação de sua estrutura social.
O Paraná era parte da província de São Paulo, da qual
se desmembraria apenas em 1853. Nessa época, a produção de café começou a
ganhar destaque. Porém o café só entrou de fato no Paraná no final do século
XIX pelas mãos de migrantes mineiros e paulistas e assim o rápido
desenvolvimento da cultura de café foi o responsável por atrair milhares de migrantes
de várias regiões do país.
Curiosidades
Atuais
O Paraná esta localizado na Região Sul do Brasil. Com
399 municípios, tem área de 199,554 Km2, o que equivale a 2,3% da superfície do
Brasil. O símbolo do Paraná é a árvore Araucária. De acordo com o Censo realizado no ano de 2000 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a população era de 9.706.000
habitantes.
Os principais rios da bacia hidrográfica do Paraná são
o Paranapanema, o Tibagi, o Piquiri e o Iguaçu, que formam um complexo
hidrográfico com enorme potencial energético.
Fac-símile da Lei Imperial nº 704 de 26 de agosto de 1853, que deu autonomia ao Paraná |
Antigo mapa do Paraná |
FONTES:
Aluno: Matheus Canesin 2ºA
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