segunda-feira, 19 de novembro de 2012

AFRODESCENDENTES NO BRASIL




Frase: O que me preoculpa não é o grito dos violentos, e sim o silêncio dos bons 
Desde uma perspectiva antropológica e sociológica é ainda uma questão polêmica e geradora de tensões e contradições, no contexto a sociedade marca heterogeneidade cultural (como é o caso do Brasil). Mais ainda, ao tratar da identidade negra, o próprio conceito de raça, como pressuposto de determinação biológica, graças aos mais recentes descobrimentos da genética, foi destituído do seu status de cientificidade e de neutralidade biológica. Para algumas correntes sociológicas, a identidade racial deve ser compreendida como uma categoria socialmente construída, e não como uma realidade biologicamente predeterminada. Quer dizer, o ser negro, ainda que possa incluir componentes biológicos, não se esgota neles, mas é parte de uma construção identitária, em que a identidade ou identificação racial é também social e culturalmente construída. Desde essa percepção da identidade negra como construção (e consequentemente, como afirmação), Castells (1999), identifica três processos: a identidade legitimadora, promovida por instituições sociais dominantes, reforçando uma atitude de submissão dos sujeitos; a identidade de resistência, configurada em atores em condição social desfavorecida, que apresentam resistências ao projeto dominador, mas ainda não chegaram a propor formas positivas de construção identitária; e a identidade de projeto, na qual os atores, com base nos materiais culturais disponíveis, constroem novas identidades, redefinem seu lugar social e buscam mudanças na estrutura social. Dentro dessa perspectiva da incorporação de elementos positivos na construção da identidade negra como projeto, uma alternativa interessante (muito presente e cada vez mais constante no Brasil) é o destaque dado ao elemento cultural da africanidade como fator de afirmação da negritude, com seus derivados religiosos, lingüísticos e culturais. Candomblé samba rap, hip-hop, irmandades religiosas, blocos afros e afoxés, capoeira, teatro experimental negro, etc.
Aluno: Fabio Schiller Guarnieri


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