Um dos assuntos mais comentados atualmente é a tagedia ocorrida em Minas Gerais. As toneladas de lama que vazaram no rompimento
há dez dias de duas barragens da empresa Samarco em Mariana (MG) são
protagonistas do maior desastre ambiental provocado pela indústria da
mineração brasileira –a Samarco é empresa fruto da sociedade entre a
Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
Sessenta bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro –o
equivalente a 24 mil piscinas olímpicas– foram despejados ao longo de
mais de 500 km na bacia do rio Doce, a quinta maior do país.
Segundo ecólogos, geofísicos e gestores ambientais, pode levar décadas,
ou mesmo séculos, para que os prejuízos ambientais sejam revertidos.
Destruídos pelo tsunami marrom, que deixou ao menos sete mortos e 15 desaparecidos, os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo devem se transformar em desertos de lama.
"Esse resíduo de mineração é infértil porque não tem matéria orgânica.
Nada nasce ali. É como plantar na areia da praia de Copacabana", diz
Maurício Ehrlich, professor de geotecnia da Coppe-UFRJ (centro de
pesquisa em engenharia da Federal do Rio).
"Nada se constrói ali também porque é um material mole, que não oferece
resistência. Vai virar um deserto de lama, que demorará dezenas de anos
para secar", diz.
Segundo ele, a reconstituição do solo pode levar "até centenas de anos,
que é a escala geológica para a formação de um novo solo".
Mais informações: Tragédia em Minas
Aluna:Lais Manfrinatto 2A
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