A GUERRA DE CANUDOS:
Local: Sertão nordestino.
Período: 1893-1897.
Líder: Beato Antônio Conselheiro.
Motivos: Religiosidade e abandono.
Comunidade de Belo Monte ou Canudos.
Desejavam o seu fim: Igreja Católica, Coronéis e Governo.
A imprensa caracterizava o movimento como formado por fanáticos religiosos, marginais, assassinos e monarquistas.
-Várias expedições militares foram realizadas até a destruição de Canudos.
-O livro, “Os Sertões”, de Euclides da Cunha narra o massacre de Canudos.
Para saber mais assista o vídeo
GUERRA DO CONTESTADO:
Local: Fronteira de SC e PR ( Região do Contestado).
Líder: Beato José Maria.
Motivo: Expulsão dos colonos de suas terras, para a construção de uma ferrovia.
Resultado: Tropas do Governo destruiram o movimento (1911).
REVOLTA DA CHIBATA:
Local: Rio de janeiro (1910)
Motivo: Os marinheiros exigiam o fim dos castigos corporais (Chibatada), melhores condições de vida e trabalho.
Líder: João Cândido ( O Almirante Negro)
A revolta: após tomarem os navios, ameaçaram bombardear a cidade do RJ.
Resultado: O governo atendeu as reivindicações, mas puniu severamente os participantes.
CANGAÇO:
Local: Nordeste brasileiro.
O Bando mais conhecido foi o de Virgulino Ferreira da Silva, o “ Lampião”.
Bandos armados que utilizavam a violência como forma de sobrevivência.
O Cangaço desapareceu, após muita repressão policial na déecada de 1930.
DEVOÇÃO AO PADRE CÍCERO DO JUAZEIRO:
Padre Cícero Romão Batista foi um importante líder religioso brasileiro. Nasceu em 1844 no estado do Ceará.
No ano de 1889, Padre Cícero ganhou notoriedade no Nordeste, pois um fato ganhou repercussão nacional. Conta-se que, durante uma missa na igreja de Juazeiro (Ceará), a hóstia consagrada por ele transformou-se em sangue na boca de uma mulher.
A população local passou a considerar o padre como um milagreiro. A Igreja Católica, não concordando com os acontecimentos, considerou-o como místico e o proibiu de exercer o sacerdócio. Viajou para Roma onde conseguiu a absolvição do Papa João XIII. Porém, continuou proibido de celebrar os rituais do catolicismo.
Entrou para a política e foi prefeito da cidade de Juazeiro por 15 anos. Morreu no ano de 1934, tornando-se uma das principais figuras religiosas da história do país. Até hoje, o túmulo de Padre Cícero é um dos pontos de peregrinação mais importantes do Brasil.
É considerado um santo (não reconhecido pela Igreja Católica Romana) por muitas pessoas religiosas, principalmente do Nordeste.
REVOLTAS URBANAS
-
REVOLTA DA CHIBATA
A
Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no
início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia
22 de novembro de 1910. Neste período, os marinheiros
brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram
punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma
intensa revolta entre os marinheiros.
Causas
da revolta
O
estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues
foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da
Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra
estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na
presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta. O motim
se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e
mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos
conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O
clima ficou tenso e perigoso.
Reivindicações
O
líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro),
redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias
na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta.
Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos
ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).
Segunda
revolta
Diante
da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar
o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem
entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão
de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de
dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras.
Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que
vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza
da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram
desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos
foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos
forçados na produção de borracha.
O
líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado
como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido
das acusações junto com outros marinheiros que participaram da
revolta.
Conclusão:
podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação
de insatisfação ocorrida no início da República. Embora
pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no
país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de
polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com
entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para
colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.
-
REVOLTA DA VACINA
Introdução
O
início do período republicado da História do Brasil foi marcado
por vários conflitos e revoltas populares. O Rio de Janeiro não
escapou desta situação. No ano de 1904, estourou um movimento de
caráter popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que
desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória,
imposta pelo governo federal, contra a varíola.
Situação
do Rio de Janeiro no início do século XX
A
situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária.
A população sofria com a falta de um sistema eficiente de
saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias,
entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população
de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a
principal vítima deste contexto.
Preocupado
com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em
prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro
da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo
presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde
Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da
cidade.
Campanha
de Vacinação Obrigatória
A
campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em
novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi
aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os
agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à
força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado
acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma
vacina e tinham medo de seus efeitos.
Revolta
popular
A
revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise
econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma
urbana que retirou a população pobre do centro da cidade,
derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais
simples.
As
manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da
capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios
públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de
1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação
obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia
para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma
e a ordem.
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