Em
abril de 1500, chega ao litoral da Bahia, Pedro Álvares Cabral que
logo ordenou que o escrivão pero Vaz de Caminha comunicasse ao rei
dom Manuel o achamento – Termo
utilizado na época – das novas terras. Na carta que escreveu ao
rei diz a seguinte descrição:
Eles
eram pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes,
bem-feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso
de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta
inocência como em mostrar o rosto.
Sobre
suas casas disse:
[Havia]
nove ou dez casas, as quais eram tão compridas, cada uma, como esta
nau capitânia. Eram de madeira […] e cobertas de palha […],
todas duma só peça, sem nenhum repartimento, tinham dentro muitos
esteios; e, de esteio a esteio, uma rede atada pelos cabos, alta, em
que dormiam, Debaixo, para se recolhiam trinta ou quarenta pessoas, e
[…] eles tinham, a saber, muito inhame e outras sementes, que na
terra há e eles comem.
Até
hoje este documento é a mais importante fonte de informação a
respeito dos hábitos e costumes dos indígenas que viviam no Brasil
em 1500. Ao longo do tempo vários viajantes religiosos, expedições,
escavações arqueológicas e as pesquisas feitas hoje pelos
antropólogos junto às atuais comunidades indígenas do Brasil. A
Carta de Caminha é muito importante sobre o passado dos povos
indígenas brasileiros.
A
falta de arquivos precisos da época impede a afirmação de quantos
indígenas havia na época, estima-se que havia de 1 milhão até 8,5
milhões de habitantes, no século XVI esses nativos se dividiam em
mais de mil povos, e cerca de 1300 línguas distintas, a maioria
delas agrupadas em dois troncos de linguísticos principais, o tupi e
o macro-jê.
Fonte:
Livro O mundo moderno e a sociedade contemporânea
Aluno:
Guilherme Fernando Dos Reis
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