sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Pindorama e seus habitantes


Em abril de 1500, chega ao litoral da Bahia, Pedro Álvares Cabral que logo ordenou que o escrivão pero Vaz de Caminha comunicasse ao rei dom Manuel o achamento – Termo utilizado na época – das novas terras. Na carta que escreveu ao rei diz a seguinte descrição:
Eles eram pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.
Sobre suas casas disse:
[Havia] nove ou dez casas, as quais eram tão compridas, cada uma, como esta nau capitânia. Eram de madeira […] e cobertas de palha […], todas duma só peça, sem nenhum repartimento, tinham dentro muitos esteios; e, de esteio a esteio, uma rede atada pelos cabos, alta, em que dormiam, Debaixo, para se recolhiam trinta ou quarenta pessoas, e […] eles tinham, a saber, muito inhame e outras sementes, que na terra há e eles comem.
Até hoje este documento é a mais importante fonte de informação a respeito dos hábitos e costumes dos indígenas que viviam no Brasil em 1500. Ao longo do tempo vários viajantes religiosos, expedições, escavações arqueológicas e as pesquisas feitas hoje pelos antropólogos junto às atuais comunidades indígenas do Brasil. A Carta de Caminha é muito importante sobre o passado dos povos indígenas brasileiros.
A falta de arquivos precisos da época impede a afirmação de quantos indígenas havia na época, estima-se que havia de 1 milhão até 8,5 milhões de habitantes, no século XVI esses nativos se dividiam em mais de mil povos, e cerca de 1300 línguas distintas, a maioria delas agrupadas em dois troncos de linguísticos principais, o tupi e o macro-jê.

Fonte: Livro O mundo moderno e a sociedade contemporânea
Aluno: Guilherme Fernando Dos Reis

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