Ouro
e sangue: a conquista espanhola
Desde que
Cristóvão Colombo desembarcou na América Central e encontrou os
índios e seus tesouros, os espanhóis se deslocaram para lá com o
intuito da exploração e a igreja católica enviou religiosos para a
conversão dos nativos à fé cristã.
Os
espanhóis foram cruéis e mataram grande parte dos nativos, deixando
apenas uma pequena porcentagem que eram escravo nas extrações de
metais preciosos. Essas práticas foram adotadas em várias partes da
América.
Porém,
engana-se quem pensa que os colonizadores foram os maiores
responsáveis pela quase extinção dos povos que ali habitavam. As
doenças trazidas da Eurásia foram devastadoras, pois, os índios
não tinham os anticorpos necessários para resistir ao vírus e
acabavam padecendo pelas mesmas. Cerca de 97% das mortes foram
atribuídas a essas doenças.
Com a
chegada do governador da colônia, Nicolás de Ovando, foram impostas
algumas regras, dentre elas a concessão do direito de escravizar um
determinado número de nativos, se os exploradores pagassem um
tributo à metrópole e cristianizasse os seus escravos.
Os
astecas subjugados
Em 1519,
Hernán Cortez atravessou o golfo do México em busca do tão sonhado
ouro, desembarcou no México onde teve contato com os astecas, que no
mesmo ano esperavam a vinda de um deus, e por isso, no começo
presentearam-no com muito ouro.
Lá
encontraram também vários povos que foram dominados pelos astecas,
que pagavam altos tributos e estavam insatisfeitos.
Com isso,
viu uma oportunidade, e avançando à cidade de Tenochtitlán, e
pedia aos dominados apoio, em troca lhes oferecia a liberdade.
Chegou ao
Imperador Montezuma, que já desconfiava da farsa espanhola, mas os
recepcionou bem. Porém, foi traído dias mais tarde e foi
aprisionado.
Os
astecas, mesmo em maior número não reagiu instantaneamente com medo
das armas de fogo, até então desconhecidas e da morte de seu líder.
O impasse
se instalou até que um dia, Cortez se ausentou deixando em seu lugar
Pedro de Alvarado, que organizou um massacre de 6 mil astecas no
interior de um templo festivo.
Ao
retornar, ele tentou acalmar os ânimos, obrigando Montezuma a pedir
a diplomacia. Mas ocorreu o inesperado e no meio do discurso, alguém
o acertou com uma pedra na cabeça, e ele veio a morrer dias depois.
Amedrontados com o que tinham causado, os espanhóis deixaram a
cidade deixando para trás todo o ouro conquistado.
Mais
tarde, Cortez voltou a Tenochtitlán, agora com um exército formado
por 80 mil índios aliados. Depois de três meses conseguiu invadir e
conquistar a cidade, que virou de domínio espanhol e passou a se
chamar “Nova Espanha”. Não satisfeito, Hernán Cortez foi em
busca da conquista do território maia.
A
sujeição dos incas
Em 1519,
os espanhóis fundaram a cidade do Panamá, e depois mandaram
Francisco Pizarro para chefiar uma expedição ao sul, em busca de
mais ouro. Fracassou na primeira, por falta de água e comida, porém
na segunda, chegou até a cidade de Tumbes, onde ele e seus homens
encontraram boas estradas, casas e templos decorados com ouro e
prata.
Mas foi a
terceira expedição a mais importante, Pizarro foi para a cidade de
Cajamarca, onde 2 imperadores disputavam o trono. Chegando lá, se
deparou com um exército de 80 mil guerreiros, contra apenas 168 dos
seus. Porém, munidos de espadas e cavalos, derrotou grande parte do
exército e capturou Atahualpa, que ofereceu aos espanhóis uma sala
cheia de ouro e prata em troca da liberdade. Depois de algum tempo,
cumprido o combinado, Pizarro mandou o ouro e prata à Espanha e ao
invés de soltar o imperador, o mandou matar.
Manco
Cápac foi seu substituto, percebeu as falcatruas de Pizarro e se
opôs a ele, em represália, os espanhóis passaram a matar os
nativos, que foram extintos em poucos anos.
Fonte:
Livro “História em movimento”
Autor:
Ademir Xavier
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