sexta-feira, 9 de agosto de 2013

LISTA DE LIVROS DO VESTIBULAR DA UEM 2013-2014


 1. A falecida(Nelson Rodrigues)
Zulmira, uma mulher frustrada e vítima de tuberculose, tem apenas uma ambição: um enterro luxuoso, que cause inveja aos vizinhos e perturbe Glorinha, a prima que parou de cumprimentá-la. Obra que retrata um convívio contaminado por obsessões e traições, "A Falecida" inovou na interação dos atores com o cenário. Na primeira montagem da peça, os próprios intérpretes moviam cadeiras e outros acessórios pelo palco, o que chamou a atenção da crítica e do público.

2. Contos novos(Mário de Andrade)
A maturidade artística de Mário de Andrade, no campo da ficção literária, culmina com os Contos Novos, obra publicada postumamente em 1947. Como o autor fez questão de anotar no final de cada narrativa, o livro é fruto de um minucioso processo de elaboração artesanal que compreende várias versões de um mesmo texto e se estende por períodos de tempo que vão de quatro até dezoito anos de preparação... Em relação aos dois primeiros livros do contista — Primeiro Andar (atualmente fazendo parte da Obra Imatura) e Os Contos de Belazarte — os Contos Novos atestam um avanço em direção a um realismo mais denso e crítico. E a chave artística desse evoluir parece ser a contenção: estilo, entrecho, paisagem, tudo agora é mais contido, mais acabado; o resultado é um profundo mergulho na realidade social e psíquica do homem brasileiro.

3. Dois irmãos(Milton Hatoum)
"Dois Irmãos" é a história de como se constroem as relações de identidade e diferença numa família em crise. O enredo tem como centro a história de dois irmãos gêmeos - Yaqub e Omar - e suas relações com a mãe, o pai e a irmã.

4. Dom Casmurro(Machado de Assis)
Dom Casmurro é, além de uma das obras brasileiras que mais representou a corrente do Realismo no País, uma das grandes obras de toda a literatura brasileira. Machado de Assis (1839-1908) retratou a cidade do Rio de Janeiro durante a metade do século XIX e criou o personagem Bentinho que, diante de seu gosto pelo isolamento, também era conhecido como Dom Casmurro.
Aos seus 54 anos, decide escrever a história da sua vida, envolta por uma eterna controvérsia quanto a possível traição de sua esposa, Capitu. Nesta narrativa, Machado apresenta provas e contraprovas do possível adultério - ora influencia o leitor sobre ter havido a traição de Capitu, ora tenta inocentá-la. Assim, cabe ao leitor tirar suas próprias conclusões.

5. Eu e outras poesias(Augusto dos Anjos)
A fragmentação e o caos, o Nirvana e o pulsar inescrutável da vida da matéria, a unidade e a metamorfose, o horror à incompletude e a ataraxia permamente ante as formas que não chegam a ser, a fala paralisada no molambo da língua, a fatalidade do apodrecimento e a impossibilidade de iludir a Morte, tudo isso e o riso irônico ante a carne que desmancha e o verme que a devora - eis os acordes que Augusto dos Anjos vai tirando de sua lira estacionada nas cercanias do novo círculo do inferno, na verdade a entrada que elegeu para devassar o coração da poesia. De fato o poeta chega a ela numa trajetória que lembra a descida de Dante às paragens infernais do Letes, como que traduzindo em termos alegóricos, à semelhança da Divina comédia, a viagem de uma alma inquieta pela obsessão das origens.

6. Iracema(José de Alencar)
Clássico do romantismo brasileiro que consagrou José de Alencar como um dos maiores escritores do país. O livro narra a história da índia Iracema, a virgem dos lábios de mel, que apaixona-se pelo português Martim, inimigo de seu povo. Na trama passada no início do século XVII, o amor proibido de Iracema é uma alegoria do processo de colonização do Brasil pelos europeus. Sem tentar imitar o estilo português ao tratar de temas nacionais, José de Alencar desenvolve sua própria linguagem, extremamente lírica e original.

7. Laços de família(Clarice Lispector)
Laços de Família, publicado pela primeira vez em 1960, é um tesouro da ourivesaria literária. São treze contos, hoje tidos como clássicos. Entre eles, os festejadíssimos "Amor", "O crime do professor de Matemática", "O búfalo" e "Feliz aniversário", adaptado para a televisão por Ziembinsky.

8. Marília de Dirceu(Tomás Antônio Gonzaga)
Eu tenho um coração maior que o mundo.” Versos como este, agrupados sob o título Marília de Dirceu, tornaram Tomás Antônio Gonzaga um dos maiores poetas do Arcadismo brasileiro.Com tendências ao bucolismo, os fingimentos pastoris e as alusões mitológicas, a poesia de Gonzaga é típica do Arcadismo. Nela há, contudo, uma nota pessoal marcada pelo sensualismo e o realismo dos motivos locais, que a situa acima do esgotamento da escola. A primeira parte das liras de Marília de Dirceu foi publicada em Lisboa em 1792; uma segunda edição, com acréscimos, saiu em 1799, enquanto a terceira parte só apareceu postumamente.O erotismo e o sentimento elegíaco que percorrem alguns dos versos dedicados à amada levaram os pósteros a identificar em Gonzaga um pré-romântico.Gonzaga foi um dos nossos maiores poetas.

9. Poesias completas(Cruz e Sousa)
Cruz e Sousa não é apenas o inaugurador do Simbolismo Brasileiro, que se efetivou com a publicação em 1893 de Missal e Broquéis. É um dos quatro melhores simbolistas da literatura universal, o que já pode ser percebido no livro em questão, Poesias Completas.

10. Sermões do Padre Vieira(Padre Antônio Vieira)
A obra começou a ser organizada ao final da vida de Vieira, quando este contava com 71 anos. Ela reúne as versões escritas de prédicas lançadas ao longo da vida do jesuíta, totalizando mais de 200 sermões no total, proferidos em Salvador, Lisboa, São Luís, Cabo Verde, Roma, entre outros lugares, e que cobrem as décadas de 1630 a 1690. O primeiro volume começa a ser editado em 1679, quando Vieira ainda estava em Lisboa, e o último volume organizado por ele sairá um ano após sua morte em Salvador, na Bahia. De acordo com uma figura utilizada pelo próprio autor, para comentar a obra, referiu-se aos tais sermões publicados como cadáveres, pois lhes falta a alma, a voz, que lhes dá vida. Vieira quer com essa analogia deixar bem claro que boa parte da “mágica” de seus sermões está tanto na voz como na emoção empregados para interpretá-los com a intensidade correta com que as palavras foram escolhidas.
 Fonte: www.asc.uem.br
Aluno: João Vitor Alarcon

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