1. A
falecida(Nelson Rodrigues)
Zulmira,
uma mulher frustrada e vítima de tuberculose, tem apenas uma
ambição: um enterro luxuoso, que cause inveja aos vizinhos e
perturbe Glorinha, a prima que parou de cumprimentá-la. Obra que
retrata um convívio contaminado por obsessões e traições, "A
Falecida" inovou na interação dos atores com o cenário. Na
primeira montagem da peça, os próprios intérpretes moviam cadeiras
e outros acessórios pelo palco, o que chamou a atenção da crítica
e do público.
2. Contos
novos(Mário de Andrade)
A
maturidade artística de Mário de Andrade, no campo da ficção
literária, culmina com os Contos Novos, obra publicada postumamente
em 1947. Como o autor fez questão de anotar no final de cada
narrativa, o livro é fruto de um minucioso processo de elaboração
artesanal que compreende várias versões de um mesmo texto e se
estende por períodos de tempo que vão de quatro até dezoito anos
de preparação... Em relação aos dois primeiros livros do contista
— Primeiro Andar (atualmente fazendo parte da Obra Imatura) e Os
Contos de Belazarte — os Contos Novos atestam um avanço em direção
a um realismo mais denso e crítico. E a chave artística desse
evoluir parece ser a contenção: estilo, entrecho, paisagem, tudo
agora é mais contido, mais acabado; o resultado é um profundo
mergulho na realidade social e psíquica do homem brasileiro.
3. Dois irmãos(Milton Hatoum)
"Dois
Irmãos" é a história de como se constroem as relações de
identidade e diferença numa família em crise. O enredo tem como
centro a história de dois irmãos gêmeos - Yaqub e Omar - e suas
relações com a mãe, o pai e a irmã.
4. Dom Casmurro(Machado de Assis)
Dom
Casmurro é, além de uma das obras brasileiras que mais representou
a corrente do Realismo no País, uma das grandes obras de toda a
literatura brasileira. Machado de Assis (1839-1908) retratou a cidade
do Rio de Janeiro durante a metade do século XIX e criou o
personagem Bentinho que, diante de seu gosto pelo isolamento, também
era conhecido como Dom Casmurro.
Aos seus 54 anos, decide escrever a história da sua vida, envolta por uma eterna controvérsia quanto a possível traição de sua esposa, Capitu. Nesta narrativa, Machado apresenta provas e contraprovas do possível adultério - ora influencia o leitor sobre ter havido a traição de Capitu, ora tenta inocentá-la. Assim, cabe ao leitor tirar suas próprias conclusões.
Aos seus 54 anos, decide escrever a história da sua vida, envolta por uma eterna controvérsia quanto a possível traição de sua esposa, Capitu. Nesta narrativa, Machado apresenta provas e contraprovas do possível adultério - ora influencia o leitor sobre ter havido a traição de Capitu, ora tenta inocentá-la. Assim, cabe ao leitor tirar suas próprias conclusões.
5. Eu e outras poesias(Augusto dos Anjos)
A
fragmentação e o caos, o Nirvana e o pulsar inescrutável da vida
da matéria, a unidade e a metamorfose, o horror à incompletude e a
ataraxia permamente ante as formas que não chegam a ser, a fala
paralisada no molambo da língua, a fatalidade do apodrecimento e a
impossibilidade de iludir a Morte, tudo isso e o riso irônico ante a
carne que desmancha e o verme que a devora - eis os acordes que
Augusto dos Anjos vai tirando de sua lira estacionada nas cercanias
do novo círculo do inferno, na verdade a entrada que elegeu para
devassar o coração da poesia. De fato o poeta chega a ela numa
trajetória que lembra a descida de Dante às paragens infernais do
Letes, como que traduzindo em termos alegóricos, à semelhança da
Divina comédia, a viagem de uma alma inquieta pela obsessão das
origens.
6. Iracema(José de Alencar)
Clássico
do romantismo brasileiro que consagrou José de Alencar como um dos
maiores escritores do país. O livro narra a história da índia
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que apaixona-se pelo português
Martim, inimigo de seu povo. Na trama passada no início do século
XVII, o amor proibido de Iracema é uma alegoria do processo de
colonização do Brasil pelos europeus. Sem tentar imitar o estilo
português ao tratar de temas nacionais, José de Alencar desenvolve
sua própria linguagem, extremamente lírica e original.
7. Laços de família(Clarice Lispector)
Laços
de Família, publicado pela primeira vez em 1960, é um tesouro da
ourivesaria literária. São treze contos, hoje tidos como clássicos.
Entre eles, os festejadíssimos "Amor", "O crime do
professor de Matemática", "O búfalo" e "Feliz
aniversário", adaptado para a televisão por Ziembinsky.
8. Marília
de Dirceu(Tomás Antônio Gonzaga)
“Eu
tenho um coração maior que o mundo.” Versos como este, agrupados
sob o título Marília de Dirceu, tornaram Tomás Antônio Gonzaga um
dos maiores poetas do Arcadismo brasileiro.Com tendências ao
bucolismo, os fingimentos pastoris e as alusões mitológicas, a
poesia de Gonzaga é típica do Arcadismo. Nela há, contudo, uma
nota pessoal marcada pelo sensualismo e o realismo dos motivos
locais, que a situa acima do esgotamento da escola. A primeira parte
das liras de Marília de Dirceu foi publicada em Lisboa em 1792; uma
segunda edição, com acréscimos, saiu em 1799, enquanto a terceira
parte só apareceu postumamente.O erotismo e o sentimento elegíaco
que percorrem alguns dos versos dedicados à amada levaram os
pósteros a identificar em Gonzaga um pré-romântico.Gonzaga foi um
dos nossos maiores poetas.
9. Poesias completas(Cruz e Sousa)
Cruz
e Sousa não é apenas o inaugurador do Simbolismo Brasileiro, que se
efetivou com a publicação em 1893 de Missal
e
Broquéis.
É um dos quatro melhores simbolistas da literatura universal, o que
já pode ser percebido no livro em questão, Poesias
Completas.
10. Sermões do Padre Vieira(Padre Antônio Vieira)
A
obra começou a ser organizada ao final da vida de Vieira, quando
este contava com 71 anos. Ela reúne as versões escritas de prédicas
lançadas ao longo da vida do jesuíta, totalizando mais de 200
sermões no total, proferidos em Salvador, Lisboa, São Luís, Cabo
Verde, Roma, entre outros lugares, e que cobrem as décadas de 1630 a
1690. O primeiro volume começa a ser editado em 1679, quando Vieira
ainda estava em Lisboa, e o último volume organizado por ele sairá
um ano após sua morte em Salvador, na Bahia. De acordo com uma
figura utilizada pelo próprio autor, para comentar a obra,
referiu-se aos tais sermões publicados como cadáveres, pois lhes
falta a alma, a voz, que lhes dá vida. Vieira quer com essa analogia
deixar bem claro que boa parte da “mágica” de seus sermões está
tanto na voz como na emoção empregados para interpretá-los com a
intensidade correta com que as palavras foram escolhidas.
Fonte: www.asc.uem.br
Aluno: João Vitor Alarcon
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