segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CAPÍTULO 29 - Os Impérios Colôniais


  1. As viagens marítimas de portugueses e espanhóis em direção à América e ao continente africano e o percurso oceânico para às Índias transformaram completamente o comércio europeu. Essas viagens abriram novos horizontes para as sociedades europeias, cujos contatos com outros povos se restringiam ao mar Mediterrâneo. Além das especiarias do Oriente, diversos outros produtos estimularam o crescimento do comércio. A batata e o tomate, por exemplo, originários das Américas, foram introduzidos no continente europeu, a cana-de-açúcar da Ásia ase espalhou pela América do Sul e Caribe, etc. Além disso, animais e objetos também foram transladados de uma região para outra, como o cavalo levado da Europa para a América e o Japão. Paralelamente, cresceu a circulação monetária, graças à exploração de ouro e prata nas colônias americanas de Portugal e Espanha. Portanto, graças às navegações, as trocas comerciais entre os continentes se tornaram intensas e variadas, ampliando a circulação monetária e o intercâmbio de culturas.
  2. Os princípios do Mercantilismo eram: metalismo (quanto maior a quantidade de ouro e prata acumulados numa navegação mais rica ela seria); balança comercial favorável (montante ganho com as exportações deve ser maior do que os gastos com importações); política protecionista (cobrança de taxas alfandegárias sobre as mercadorias estrangeiras).
  3. O Pacto Colonial era um conjunto de princípios que definia as colônias como economias complementares de suas metrópoles, garantindo, assim, o enriquecimento das nações europeias à custa dos territórios dominados. Nos termos do Pacto, as colônias ficaram proibidas de produzir artigos manufaturados. Elas só tinham permissão de extrair metais preciosos e de cultivar plantas de interesse comercial para o mercado europeu, como cana-de-açúcar, tabaco e algodão. Esses produtos deveriam ser vendidos à metrópole, que assim garantia monopólio comercial sobre eles. Para impedir que as moedas saíssem de seu território, as metrópoles trocavam alguns desses produtos por africanos escravizados. Na África, os escravos quase sempre adquiridos por meio de troca com armas, pólvora, ferro e rum. Essas relações mercantis integravam o chamado comércio triangular entre continentes (África, Europa, América) e foi uma das bases do desenvolvimento das nações europeias.
  4. a) Na África, Ásia e América.
    b) Resposta pessoal
    c) Os portugueses tinham diversas colônias banhadas pelo Oceano Índico, tanto na costa leste da África, quanto no continente asiático. As fortalezas e feitoriais construídas nas áreas litorâneas permitiram a Portugal controlar o comércio ao longo do Índico por quase um século. A importância do comércio pelo Oceano Índico tinha por base as especiarias e outros produtos do Oriente, que eram levados para a Europa pelas caravelas portuguesas. De fato, pelas rotas comerciais portuguesas passavam especiarias, chá, sedas, pedras preciosas e africanos escravizados. A linha de feitorias e colônias portuguesas mostradas no mapa revela o domínio português sobre essas rotas.
  5. As minas de Potosí transformaram a Espanha na nação mais rica da Europa durante o século XVI. A produção de moedas de prata na Espanha passou de 45 toneladas entre 1500 e 1520 para 270 toneladas entra 1545 e 1560 e 340 toneladas entre 1580 1600.
  6. Entre as novas nações em busca de riquezas estavam a Inglaterra, a França e a Holanda. Elas procuram rotas comerciais alternativas, explorando regiões ainda desconhecidas como o Atlântico Norte (que levou os franceses às terras do atual Canadá). Essas nações estabeleceram também postos comerciais ao longo da costa ocidente africana, ignorando o Tratado de Tordesilhas. Além disso, navios franceses chegaram ao litoral brasileiro à procura de pau-brasil e outros produtos rentáveis no comércio europeu. Em 1555, os de Guanabara, no Rio de Janeiro, onde permaneceram até 1567. Finalmente, outra estratégia comum era o incentivo ás atividades dos corsários, que atacavam especialmente navios espanhóis carregados de prata e dividiam o butim com seus Estados de origem.
  7. Pode-se afirmar que o mercantilismo impulsionou a criação das companhias de navegação. Estas, por sua vez, propiciaram a ampliação da riqueza acumulada na Europa e, por isso, favoreceram as transformações econômicas que ocorreriam no continente entre os séculos XVIII e XIX. Com o declínio do poderio de Portugal e Espanha, no início do século XVII, holandeses e ingleses entraram definitivamente na disputa por novas colônias e rotas comerciais. A empreitada se realizou por intermédio dessas companhias de mercadores, constituídas como empresas comerciais e utilizando recursos privados dos seus acionistas. Os investimentos eram transformados em financiamento para as expedições em direção ao Oriente, à América e à África.
  8. A colonização inglesa na América do Norte começou no início do século XVII, quando foi fundada a cidade de Jamestown (1607), no atual estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Com o cultivo de tabaco a colônia alcançou certa prosperidade e logo chegaram as primeiras levas de escravos traficados por holandeses. Em 1620, um grupo de puritanos ingleses desembarcou do navio Mayflower e fundou a colônia de Plymouth, a 750 quilômetros ao norte da Virgínia. Esses colonos, calvinistas perseguidos na Inglaterra pelos anglicanos e pelo Estado, emigravam para o novo continente para exercer sua liberdade de culto e ali fundar sua Igreja. Em 1626, os franceses também criaram alguns postos comerciais na região e procuraram catequizar os índios para o catolicismo.
    Alunos: João Vitor Alarcon
               Larissa Guslen

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