Este texto de parte da entrevista concedida pelo economista Erick Hanushek à revista Veja, edição de 17 de setembro de 2008. Pode ser um importante tema de Redação em Vestibulares, sobretudo nesse momento que a sociedade se mobiliza para exigir um país melhor. Leia e pense nisso
Seus estudos recentes comprovam uma forte relação entre educação e crescimento econômico. Com o Brasil nas últimas colocações em rankings internacionais de ensino, o que se pode dizer sobre a economia?
Com esse desempenho, as chances de o Brasil crescer em ritmo chinês e se tornar mais competitivo no cenário internacional são mínimas. Digo isso baseado nos números que reuni ao longo das últimas décadas. Eles mostram que avanços na sala de aula têm peso decisivo para a evolução dos indicadores econômicos de um país. Olhe o caso brasileiro. Se as notas dos estudantes subissem apenas 15% nas avaliações, o Brasil somaria, a cada ano, meio ponto porcentual às suas taxas de crescimento. Isso significaria, hoje, avançar em um ritmo 10% maior. Vale observar que o que impulsiona a economia é a qualidade da educação, e não a quantidade de alunos na escola.
O Brasil colocou 97% das crianças na sala de aula. Isso não tem impacto na economia?
A massificação do ensino, por si só, tem pouco efeito — e a matemática não deixa dúvida quanto a isso. Os dados mostram que a influência da educação passa a ser decisiva apenas quando ela é de bom nível. Aí, sim, consegue empurrar os indivíduos e a economia. A relação é simples. Países capazes de proporcionar bom ensino a muita gente ao mesmo tempo elevam rapidamente o padrão de sua força de trabalho. Quando uma população atinge alta capacidade de raciocínio e síntese, torna-se naturalmente mais produtiva e capaz de criar riquezas para o país. Nesse sentido, a posição do Brasil é desvantajosa. Faltam aos alunos habilidades cognitivas básicas, e isso funciona como um freio de mão para o crescimento. Esse cenário, que já era preocupante décadas atrás, agora é ainda mais nocivo. Na comemoração de seus 40 anos, a mesma revista Veja promoveu o seminário “O Brasil que queremos ser”, no qual foi abordado, entre outros, o seguinte tema: “Educação com qualidade: os caminhos da produtividade e da prosperidade”.
PROPOSTA:
Reportando-se a suas idéias e informações acerca do assunto, desenvolva uma dissertação apresentando, do seu ponto de vista, o Brasil que queremos ser, com foco na relação entre educação, produtividade e prosperidade.
http://foge.forum-livre.com/t1291-o-brasil-que-queremos-ser-com-foco-na-relacao-entre-educacao-produtividade-e-prosperidade
Com esse desempenho, as chances de o Brasil crescer em ritmo chinês e se tornar mais competitivo no cenário internacional são mínimas. Digo isso baseado nos números que reuni ao longo das últimas décadas. Eles mostram que avanços na sala de aula têm peso decisivo para a evolução dos indicadores econômicos de um país. Olhe o caso brasileiro. Se as notas dos estudantes subissem apenas 15% nas avaliações, o Brasil somaria, a cada ano, meio ponto porcentual às suas taxas de crescimento. Isso significaria, hoje, avançar em um ritmo 10% maior. Vale observar que o que impulsiona a economia é a qualidade da educação, e não a quantidade de alunos na escola.
O Brasil colocou 97% das crianças na sala de aula. Isso não tem impacto na economia?
A massificação do ensino, por si só, tem pouco efeito — e a matemática não deixa dúvida quanto a isso. Os dados mostram que a influência da educação passa a ser decisiva apenas quando ela é de bom nível. Aí, sim, consegue empurrar os indivíduos e a economia. A relação é simples. Países capazes de proporcionar bom ensino a muita gente ao mesmo tempo elevam rapidamente o padrão de sua força de trabalho. Quando uma população atinge alta capacidade de raciocínio e síntese, torna-se naturalmente mais produtiva e capaz de criar riquezas para o país. Nesse sentido, a posição do Brasil é desvantajosa. Faltam aos alunos habilidades cognitivas básicas, e isso funciona como um freio de mão para o crescimento. Esse cenário, que já era preocupante décadas atrás, agora é ainda mais nocivo. Na comemoração de seus 40 anos, a mesma revista Veja promoveu o seminário “O Brasil que queremos ser”, no qual foi abordado, entre outros, o seguinte tema: “Educação com qualidade: os caminhos da produtividade e da prosperidade”.
PROPOSTA:
Reportando-se a suas idéias e informações acerca do assunto, desenvolva uma dissertação apresentando, do seu ponto de vista, o Brasil que queremos ser, com foco na relação entre educação, produtividade e prosperidade.
http://foge.forum-livre.com/t1291-o-brasil-que-queremos-ser-com-foco-na-relacao-entre-educacao-produtividade-e-prosperidade
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