quarta-feira, 13 de março de 2013

Desigualdade Social

Diversidade e a desigualdade social.
O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. A idéia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.
Curiosamente, o Brasil apresenta vários cenários de riqueza e bem-estar para uma parcela população que usufrui dos benefícios da tecnologia e da modernidade, ao mesmo tempo em que apresenta cenários de pobreza e de fome.
A má distribuição de renda é a principal causadora dos diversificados cenários sociais que o Brasil apresenta, e traz consigo o aumento da pobreza e outros problemas sociais, como a violência, que são empecilhos para o desenvolvimento econômico do país.
Embora, nos últimos anos, a desigualdade social tenha diminuído, o Brasil ainda aparece como a 8ª maior desigualdade social do mundo e no 63º lugar no ranking o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que mede a qualidade de vida da população de um país.
Estudos da FGV, baseado nos dados divulgados pelo IBGE, mostram que isso ocorreu mais pelo achatamento da renda da classe média, que se aproximou mais dos trabalhadores de menor renda e ao aumento de postos de trabalho de baixa remuneração, além da informalidade trabalhista que prejudica a arrecadação de impostos e põe em risco a segurança do trabalhador. A redução da pobreza e desigualdade social passa por políticas de desenvolvimento econômico na forma de criação de empregos, e desenvolvimento agrário que beneficie principalmente a grande maioria de pequenos produtores.
Para isso, deve haver investimento em educação e qualificação da mão-de-obra e políticas que permitam a alocação de mão-de-obra, como por exemplo, o incentivo às exportações – tanto de produtos industrializados quanto agrários – e legislações fiscais mais justas que reduzam a tributação sobre os empregadores e salários, com taxação diferenciada para os altos salários e grandes fortunas.
A escola é o local onde as crianças se sociabilizam e interagem com outros adolescentes. Quando se trata da diversidade, o professor é este elo no processo pedagógico de inserir e adequar as crianças sem que ela seja descriminada. O professor que trabalha principalmente com aluno da primeira e quarta serie e no ensino fundamental tem que tomar alguns cuidados no sentido de fazer com que os alunos se sintam incluso na escola.
O educador tem que tomar os devidos cuidados com o seu falar, como se expressa, principalmente não fazer comparações da camada social em que as crianças vivem. O professor recebe alunos heterogêneos, com desníveis educacionais diferentes, e às vezes sem perceber o descrimina, principalmente as escolas do centro da cidade, onde se percebe as diferenças sociais. O Brasil infelizmente é preconceituoso, não só com as crianças, mas contra o idoso que não consegue trabalho após ter completado quarenta anos de idade, contra a mãe solteira, principalmente se for negra. Em pleno Século XXI, o preconceito, contra o negro ainda existe, e de forma acentuada, e contras os índios. A pergunta é: quantos Negros e índios, terminam o ensino fundamental, quantos chega à universidade? É preciso acabar com a hipocrisia, a descriminação existe e muitos professores não sabem lidar c om a integração destes jovens, principalmente porque o professor cada vez mais tem se preocupado com lado profissional e com seu salário, que se diga que é justo. Pedagogicamente o desgaste emocional e psicológico e até mesmo com uma carga de stress muito grande é notado no meio da docência, entretanto o professor que está atrelado a diversidade, se sente realizado profissionalmente e seu trabalho o realiza profissionalmente. A maioria dos descentes afros se sentiam descriminados, e nós como educadores não tínhamos percebido, que tal fato estava acontecendo na escola. Preciso que o professor estimule essas interações de uma forma que todos possam contribuir com o processo, sem haver preconceito, independente da cor, raça ou sexo, sem haver preconceito para aqueles que não o desenvolvem da mesma maneira, porque afinal está na moda a gestão escolar e a inclusão e não a exclusão. O professor que não respeita a diversidade com atitudes inconveniente e discriminatória, não valorizando a diversidade e o respeito com aqueles que são diferentes, estará contribuindo para uma educação preconceituosa, porque respeitar a diversidade é também uma forma de educar, pois, o processo educacional não é somente conhecimento, mas também condicionar o cidadão na construção de sua cidadania com a consciência de transformar em um convívio sadio entre as diferenças individuais. Para que se mude este contexto, a prioridade é a formação do docente, e é preciso que o educador saiba reconhecer a diferença e a diversidade para que ele como educador possa ter a capacidade de analise para transformar a sua prática pedagógica. O ensino na adversidade abre lacunas para uma melhor sociabilidade, pois, o discente aprende a respeitar as diferenças, e crescem com elas, abandonando os preconceitos visíveis no nosso meio e esse relacionamento contagia toda a sociedade. Eles participam ativamente na vida dos alunos, principalmente no ensino fundamental, e tem contribuído muito na prática pedagógica, afinal a escola é um todo, são conjuntos de valores em busca do mesmo objetivo, que é formar cidadão critico capaz de construir seus anseios. Nesse sentido é importante observar como esta’ sendo feito o sistema de avaliação, que muitas vezes funciona como um processo de exclusão, onde se avalia para medir a aprendizagem e o classificar para ser aprovado ou reprovado. A compreensão da cultura como identificadora do sujeito e do seu grupo, ao mesmo tempo em que cria os laços necessários à vida comunitária e à cidadania, cria também a noção de relatividade de cada cultura e o respeito a culturas diferentes.
Num país como o Brasil, com características históricas de miscigenação, com os problemas sociais de todos conhecidos e suas dimensões, a discussão da pluralidade cultural deve forçosamente constituir-se em um dos pilares da educação, em que ela deixa de ser um problema, para tornar-se riqueza a ser explorada. No Brasil a multi-raças, a miscigenação é clara e notória, as variedades de cultura e a mistura de raças formam o povo brasileiro. Nos dias atuais não necessita de imigração, a globalização contribui neste sentido, e é na sala de aula que reflete este contexto multicultural, onde o profissional tem que estar cada vez mais aperfeiçoado com senso critico ao trabalhar a pluralidade cultural, principalmente no que se diz a respeito ao preconceito racial, porque a classe dominante se considera branco, pois tem o domínio econômico, social e cultural durante séculos, e o professor tem que está desprovido destes atos preconceituosos. A escola é em sua totalidade uma instituição cultural, neste sentido o professor, sujeito social, enreda-se numa teia de expectativas e representações, que faz parte de um tecido social, cultural e histórico e que influencia a sua forma de pensar e agir.
Entrevistando as pessoas com origem e etnia diferente percebe-se a diversidade. O professor Timoteo Sato, nasceu em Arapongas,em uma comunidade japonesa, chamada Colônia Esperança, é filho de japonês que veio para o Brasil depois da segunda guerra mundial, se estalou aqui no sul devido ao clima e também as terras que era favorável para agricultura. A colônia é típica japonesa, ate no formato das construções, se dedicaram ao plantio de café, mais tarde devido à geada de década de 74, se dedicaram a hortaliças. Era uma comunidade fechada, se casam só com descendentes de japonês, e preservaram por muito tempo o idioma, e seus costumes. Atualmente a comunidade se dispersou devido à maioria ter voltado para o Japão muna busca de condições financeiras mais rentáveis. O importante é que eles vão para o Japão mais retorna para o Brasil, não se acostumando mais com seu país de origem. Segundo o Professor Timoteo, hoje as diferenças étnicas já são acentuadas. A Senhora Josefa Surek é de origem polonesa nasceu em Contenda, seus pais vieram da Polônia na segunda guerra mundial, e as condições climáticas favoreceram para que se residissem aqui no sul. Nem Arapongas foram todos assentados numa colônia chamada Gleba Orle, onde as famílias foram divididas e os lotes terras eram feitos por sorteio. As comunidades tiverem dificuldades principalmente na questão idiomática e na escola rural, havia muita discriminação principalmente devido a pronuncia das palavras, e principalmente porque usava a letra r na hora da fala. Seus costumes e sua cultura, são preservados até os dias de hoje. O Senhor Adão Mendes de Souza, é baiano, desde pequeno veio para o Paraná trabalhar com a lavoura de café. Mas com a geada mudou para a cidade e trabalha como pintor. Ele é bisneto de neto de escravo. Ele conta algumas historias interessante como os Colombo viviam na Bahia, onde o povo escravo manteve toda a cultura africana latente nos nossos dias. Das suas historias o mais interessante é o habito de alimentos que até nos dias de hoje permanece vivo na sua família. O uso da mandioca, da farinha, e comidas típicas, onde reúne todos na hora da alimentação e patriarca da casa contas as historias, inclusive como se viviam na África. Interessante que permanece latente na sua comunidade e é passada de pai para filho até hoje.
Conclui-se que apesar de todo avanço e todos os esforços governamentais, a diferença ainda existe no Brasil. Sejam índios, negros ou europeus, sofrem com a desigualdade social do nosso país.
Bibliografia 
LORENZETTE, Heloisa, Ensino na diversidade e as inovações pedagógicas. Faculdade de ciências. Campos de Bauru. Bauru, SP. 2007.
Ministério da Educação e do Desporto, Parâmetros Curriculares. Temas transversais, Brasília, 1998.
Cirino, Giovanni, Historia e Cultura, Editora Unopar, Londrina, Pr. 2008.
TEXTO CEDIDO POR: Expedito Vieira Souza

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