Diversidade
e a desigualdade social.
O
termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de idéias,
características ou elementos diferentes entre si, em determinado
assunto, situação ou ambiente. A idéia de diversidade está ligada
aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de
visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes,
também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na
intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.
Curiosamente,
o Brasil apresenta vários cenários de riqueza e bem-estar para uma
parcela população que usufrui dos benefícios da tecnologia e da
modernidade, ao mesmo tempo em que apresenta cenários de pobreza e
de fome.
A
má distribuição de renda é a principal causadora dos
diversificados cenários sociais que o Brasil apresenta, e traz
consigo o aumento da pobreza e outros problemas sociais, como a
violência, que são empecilhos para o desenvolvimento econômico do
país.
Embora,
nos últimos anos, a desigualdade social tenha diminuído, o Brasil
ainda aparece como a 8ª maior desigualdade social do mundo e no 63º
lugar no ranking o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que mede a
qualidade de vida da população de um país.
Estudos
da FGV, baseado nos dados divulgados pelo IBGE, mostram que isso
ocorreu mais pelo achatamento da renda da classe média, que se
aproximou mais dos trabalhadores de menor renda e ao aumento de
postos de trabalho de baixa remuneração, além da informalidade
trabalhista que prejudica a arrecadação de impostos e põe em risco
a segurança do trabalhador. A redução da pobreza e desigualdade
social passa por políticas de desenvolvimento econômico na forma de
criação de empregos, e desenvolvimento agrário que beneficie
principalmente a grande maioria de pequenos produtores.
Para
isso, deve haver investimento em educação e qualificação da
mão-de-obra e políticas que permitam a alocação de mão-de-obra,
como por exemplo, o incentivo às exportações – tanto de produtos
industrializados quanto agrários – e legislações fiscais mais
justas que reduzam a tributação sobre os empregadores e salários,
com taxação diferenciada para os altos salários e grandes
fortunas.
A
escola é o local onde as crianças se sociabilizam e interagem com
outros adolescentes. Quando se trata da diversidade, o professor é
este elo no processo pedagógico de inserir e adequar as crianças
sem que ela seja descriminada. O professor que trabalha
principalmente com aluno da primeira e quarta serie e no ensino
fundamental tem que tomar alguns cuidados no sentido de fazer com que
os alunos se sintam incluso na escola.
O
educador tem que tomar os devidos cuidados com o seu falar, como se
expressa, principalmente não fazer comparações da camada social em
que as crianças vivem. O professor recebe alunos heterogêneos, com
desníveis educacionais diferentes, e às vezes sem perceber o
descrimina, principalmente as escolas do centro da cidade, onde se
percebe as diferenças sociais. O Brasil infelizmente é
preconceituoso, não só com as crianças, mas contra o idoso que não
consegue trabalho após ter completado quarenta anos de idade, contra
a mãe solteira, principalmente se for negra. Em pleno Século XXI, o
preconceito, contra o negro ainda existe, e de forma acentuada, e
contras os índios. A pergunta é: quantos Negros e índios, terminam
o ensino fundamental, quantos chega à universidade? É preciso
acabar com a hipocrisia, a descriminação existe e muitos
professores não sabem lidar c om a integração destes jovens,
principalmente porque o professor cada vez mais tem se preocupado com
lado profissional e com seu salário, que se diga que é justo.
Pedagogicamente o desgaste emocional e psicológico e até mesmo com
uma carga de stress muito grande é notado no meio da docência,
entretanto o professor que está atrelado a diversidade, se sente
realizado profissionalmente e seu trabalho o realiza
profissionalmente. A maioria dos descentes afros se sentiam
descriminados, e nós como educadores não tínhamos percebido, que
tal fato estava acontecendo na escola. Preciso que o professor
estimule essas interações de uma forma que todos possam contribuir
com o processo, sem haver preconceito, independente da cor, raça ou
sexo, sem haver preconceito para aqueles que não o desenvolvem da
mesma maneira, porque afinal está na moda a gestão escolar e a
inclusão e não a exclusão. O professor que não respeita a
diversidade com atitudes inconveniente e discriminatória, não
valorizando a diversidade e o respeito com aqueles que são
diferentes, estará contribuindo para uma educação preconceituosa,
porque respeitar a diversidade é também uma forma de educar, pois,
o processo educacional não é somente conhecimento, mas também
condicionar o cidadão na construção de sua cidadania com a
consciência de transformar em um convívio sadio entre as diferenças
individuais. Para que se mude este contexto, a prioridade é a
formação do docente, e é preciso que o educador saiba reconhecer a
diferença e a diversidade para que ele como educador possa ter a
capacidade de analise para transformar a sua prática pedagógica. O
ensino na adversidade abre lacunas para uma melhor sociabilidade,
pois, o discente aprende a respeitar as diferenças, e crescem com
elas, abandonando os preconceitos visíveis no nosso meio e esse
relacionamento contagia toda a sociedade. Eles participam ativamente
na vida dos alunos, principalmente no ensino fundamental, e tem
contribuído muito na prática pedagógica, afinal a escola é um
todo, são conjuntos de valores em busca do mesmo objetivo, que é
formar cidadão critico capaz de construir seus anseios. Nesse
sentido é importante observar como esta’ sendo feito o sistema de
avaliação, que muitas vezes funciona como um processo de exclusão,
onde se avalia para medir a aprendizagem e o classificar para ser
aprovado ou reprovado. A compreensão da cultura como identificadora
do sujeito e do seu grupo, ao mesmo tempo em que cria os laços
necessários à vida comunitária e à cidadania, cria também a
noção de relatividade de cada cultura e o respeito a culturas
diferentes.
Num
país como o Brasil, com características históricas de
miscigenação, com os problemas sociais de todos conhecidos e suas
dimensões, a discussão da pluralidade cultural deve forçosamente
constituir-se em um dos pilares da educação, em que ela deixa de
ser um problema, para tornar-se riqueza a ser explorada. No Brasil a
multi-raças, a miscigenação é clara e notória, as variedades de
cultura e a mistura de raças formam o povo brasileiro. Nos dias
atuais não necessita de imigração, a globalização contribui
neste sentido, e é na sala de aula que reflete este contexto
multicultural, onde o profissional tem que estar cada vez mais
aperfeiçoado com senso critico ao trabalhar a pluralidade cultural,
principalmente no que se diz a respeito ao preconceito racial, porque
a classe dominante se considera branco, pois tem o domínio
econômico, social e cultural durante séculos, e o professor tem que
está desprovido destes atos preconceituosos. A escola é em sua
totalidade uma instituição cultural, neste sentido o professor,
sujeito social, enreda-se numa teia de expectativas e representações,
que faz parte de um tecido social, cultural e histórico e que
influencia a sua forma de pensar e agir.
Entrevistando
as pessoas com origem e etnia diferente percebe-se a diversidade. O
professor Timoteo Sato, nasceu em Arapongas,em uma comunidade
japonesa, chamada Colônia Esperança, é filho de japonês que veio
para o Brasil depois da segunda guerra mundial, se estalou aqui no
sul devido ao clima e também as terras que era favorável para
agricultura. A colônia é típica japonesa, ate no formato das
construções, se dedicaram ao plantio de café, mais tarde devido à
geada de década de 74, se dedicaram a hortaliças. Era uma
comunidade fechada, se casam só com descendentes de japonês, e
preservaram por muito tempo o idioma, e seus costumes. Atualmente a
comunidade se dispersou devido à maioria ter voltado para o Japão
muna busca de condições financeiras mais rentáveis. O importante é
que eles vão para o Japão mais retorna para o Brasil, não se
acostumando mais com seu país de origem. Segundo o Professor
Timoteo, hoje as diferenças étnicas já são acentuadas. A Senhora
Josefa Surek é de origem polonesa nasceu em Contenda, seus pais
vieram da Polônia na segunda guerra mundial, e as condições
climáticas favoreceram para que se residissem aqui no sul. Nem
Arapongas foram todos assentados numa colônia chamada Gleba Orle,
onde as famílias foram divididas e os lotes terras eram feitos por
sorteio. As comunidades tiverem dificuldades principalmente na
questão idiomática e na escola rural, havia muita discriminação
principalmente devido a pronuncia das palavras, e principalmente
porque usava a letra r na hora da fala. Seus costumes e sua cultura,
são preservados até os dias de hoje. O Senhor Adão Mendes de
Souza, é baiano, desde pequeno veio para o Paraná trabalhar com a
lavoura de café. Mas com a geada mudou para a cidade e trabalha como
pintor. Ele é bisneto de neto de escravo. Ele conta algumas
historias interessante como os Colombo viviam na Bahia, onde o povo
escravo manteve toda a cultura africana latente nos nossos dias. Das
suas historias o mais interessante é o habito de alimentos que até
nos dias de hoje permanece vivo na sua família. O uso da mandioca,
da farinha, e comidas típicas, onde reúne todos na hora da
alimentação e patriarca da casa contas as historias, inclusive como
se viviam na África. Interessante que permanece latente na sua
comunidade e é passada de pai para filho até hoje.
Conclui-se
que apesar de todo avanço e todos os esforços governamentais, a
diferença ainda existe no Brasil. Sejam índios, negros ou europeus,
sofrem com a desigualdade social do nosso país.
Bibliografia
LORENZETTE,
Heloisa, Ensino na diversidade e as inovações pedagógicas.
Faculdade de ciências. Campos de Bauru. Bauru, SP. 2007.
Ministério
da Educação e do Desporto, Parâmetros Curriculares. Temas
transversais, Brasília, 1998.
Cirino,
Giovanni, Historia e Cultura, Editora Unopar, Londrina, Pr. 2008.
TEXTO
CEDIDO POR: Expedito
Vieira Souza
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