segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Resumo para alunos das oitavas séries estudarem para a prova de recuperação.



Logo após o golpe militar de 1964, os militares lançaram o Ato Institucional n° 1 (AI-1), que permitia mudanças constitucionais, a cassação de mandatos políticos, a suspensão dos direitos políticos e a permissão para decretar estado de sítio. Nomeado presidente, Castelo Branco instituiu o AI-2 que, dentre outras coisas, extinguiu os partidos políticos e adotou o bipartidarismo (a Arena, partido do "sim, senhor", e o MDB, partido do "acho que sim"). Em maio de 1968, estudantes franceses saem às ruas a protestar contra os rumos da sociedade. O movimento francês influenciou profundamente diversas organizações estudantis pelo mundo. No Brasil, o movimento estudantil se organiza e passa a ser um dos mais importantes focos de resistência ao regime militar. Após ser duramente criticado pelos congressistas por causa da repressão ao movimento estudantil, o presidente Costa e Silva lança o AI-5, fechando o Congresso e suspendendo todos os direitos civis e constitucionais.
Os meios de comunicação passam a sofrer censura prévia e a Justiça passa a ser comandada pelos militares. Com o novo ato, aumentam as prisões, torturas e cassações políticas. Em oposição ao regime, a esquerda lança-se à luta Armada, organizando grupos guerrilheiros e realizando diversos atos terroristas, como o sequestro de embaixadores estrangeiros e assaltos a bancos. Como forma de combater a guerrilha, o governo elabora um enorme aparelho repressivo, formado, basicamente, pelo SNI, pelos DOPS e pelos DOI-Codis. Em 1975, ó último foco guerrilheiro, a Guerrilha do Araguaia, é desmantelado pelas forças militares.
No campo cultural, a MPB e o Movimento Tropicalista, divergentes entre si - além do Cinema Novo e do teatro Oficina -, tornam-se os principais movimentos de resistência artística ao governo militar. Com o aumento da censura, muitos artistas foram presos ou exilaram-se. Com o governo Médici, o Brasil conheceu o auge da repressão militar. Com a queda da inflação e o aumento do PIB, o governo desenvolveu a ideia do "milagre" econômico no Brasil, semelhante ao fenômeno ocorrido no Japão e na Alemanha no período posterior à 2ª Guerra Mundial. Entretanto, o desenvolvimento econômico não significou uma maior distribuição de renda, relegando a camada mais pobre da população à miséria e à fome. Como consequências, o "milagre" econômico gerou um grande déficit da balança comercial e uma enorme dívida externa, desencadeando uma grave recessão econômica.
O general Ernesto Geisel iniciou seu mandato prometendo flexibilizar o regime militar. Apesar de algumas medidas repressivas (Lei Falcão e Pacote de Abril), diante do crescimento da oposição (MDB, OAB, ABI, Igreja Católica, movimento estudantil e movimento operário), o governo revogou o AI-5. O aumento da pressão popular fez com que o novo presidente, o general João Figueiredo, sancionasse, em 1979, a Lei da Anistia, que por um lado perdoava os crimes de quase todos os perseguidos políticos (com exceção dos guerrilheiros) e, por outro, estabelecia o perdão para os militares agentes dos órgãos repressivos. A partir de 1983, as forças oposicionistas, com forte apoio popular, desenvolveram o movimento das "Diretas Já!", exigindo, por meio de uma emenda à Constituição, o restabelecimento das eleições diretas para a residência da República. Numa manobra política, os militares conseguiram revogar a emenda. 

TEXTO: Profª Zilda

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