segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Homero



 Homero foi o primeiro grande poeta grego que teria vivido há cerca de 35000a nos, consagrou o gênero épico com as suas grandiosas obras: a Ilíada e a Odisseia. Nada se sabe seguramente da sua existência; mas a crítica moderna inclinasse a crer que ele terá vivido no século VIII a.C., embora sem poder indicar onde nasceu nem confirmar a sua pobreza, cegueira e afã de viajante, caracteres que tradicionalmente lhe tem sido atribuídos. A sua atividade literária baseia-se nas tradições orais, transmitidas de geração em geração, sobre as expedições gregas a Tróia (no Noroeste da ásia Menor).

    Estas duas obras (Ilíada e Odisseia) caracterizam-se pela sua universalidade, pois superam as barreiras do tempo (há mais de vinte e cinco séculos que são lidas com interesse) e do espaço (todos os povos do Ocidente as conhecem e admiram).
Homero é cronologicamente, o primeiro poeta europeu e um dos mais importantes. A linguagem da Ilíada e da Odisseia, de incompatível beleza, alem de estar na base da unidade idiomática grega, expressa as virtudes e os despojos mais nobres: a honra, o patriotismo, o heroísmo, o amor, a amizade, a fidelidade e a hospitalidade.
    As diferenças de tom e estilo entram Ilíada e a Odisseia levaram alguns críticos a colocar a hipótese de que ter resultado da recomposição de poemas anteriores, ou de que teriam sido criadas por autores diferentes. Todas essas dúvidas constituem a chamada “ questão homérica”, a permanecem abertas à discussão. Os pontos em que há maior concordância dos estudiosos são: Ilíada é anteriores à Odisseia; quase com certeza os dois poemas foram compostos no seculo VIII a.C., cerca de três seculos após os fatos narrados; foram originalmente escritos em dialeto jônio, com numerosos elementos eólios- o que confirma a origem jônica de Homero; pertenciam à tradição épica oral, pelo menos no que se refere ás técnicas empregadas, já que existem opiniões divergentes quanto ao emprego ou não da escrita pelo autor.
     Por outro lado, a tese que defende a autoria única baseia-se na afirmação de Aristóteles, de que a Ilíada seria uma obra da juventude de Homero, enquanto Odisseia teria sido escrita na velhice, quando o poeta decidiu redigir a segunda obra como complemento da primeira e ampliação da sua perspectiva.
     Ao mesmo tempo em que refletiam luminosidade a antiguidade mais remota da civilização grega, os poemas homéricos projetaram-se adiante com tamanha originalidade e riqueza que ela se faria presente na mais diversas manifestações da arte, da literatura e da civilização do Ocidente. Inúmeros poetas partiram da sua influência, inúmeros artistas empregnaram-se da sua fortuna criativa, do seu colorido e das suas situações, que se tornaram símbolo e síntese de toda aventura humana na Terra, a ponto de o nome de um poeta cuja existência mesma não se pode provar passar a confundir-se com a própria poesia. Quanto a morte de Homero, a versão mais aceita é de que teria ocorrido numa das ilhas Cíclades.

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