quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Censura e início da era Vargas -Parte 2-

 As tropas paulistas eram formadas pelos soldados da polícia estadual, além de um grande contingente de voluntários. Muitas indústrias do estado contribuíram com a fabricação de material de guerra, como granadas, máscaras, lança-chamas e capacetes. Diversas mulheres também participaram do movimento, na maior parte das vezes atendendo feridos e preparando material bélico.
 As tropas rebeldes acreditavam ter o apoio prometido pelos outros estados só não ficaram isoladas pois forças do Mato Grosso lutaram com elas contra o governo federal. Após 3 meses se enfrentando, os combatentes paulistas acabaram derrotados pelas tropas federais, mais numerosas e mais bem equipadas.
 O governo federal no entanto procurou evitar indispor-se novamente com a elite de um estado que, embora derrotado militarmente, tinha grande poder socioeconômico. Assim, em novembro de 1933, instalou a Assembleia Nacional Constituinte, principal reivindicação formal do movimento de 1932.
 Em 1934 foi feita uma nova constituição (algumas mudanças já estavam em vigor muito antes) as principais mudanças foram:
*Voto secreto;

*Voto feminino;

*Justiça Eleitoral;

*Direitos trabalhistas-Direitos fundamentais  teriam de ser garantidos pelos empregadores, como salário mínimo, jornada de trabalho não superior a oito horas diárias,férias anuais remuneradas e indenização na demissão sem justa causa, entre outras medidas. Também foi proibido uma pessoa menor de 14 anos trabalhar;

*Nacionalismo econômico-As riquezas naturais do país, como jazidas minerais e quedas d'água capazes de gerar energia, ficaram sob proteção do Estado brasileiro.

 A constituição de 1934 também estabelecia que, após sua promulgação, o próximo presidente da República seria eleito de forma indireta pelos próprios membros da Assembleia Constituinte.
 Getúlio Vargas foi vitorioso: recebeu 175 votos, enquanto o segundo colocado, Borges de Medeiros, ficou com 59 votos. Vargas iniciou seu mandato constitucional em 20 de julho de 1934.

 O governo de Vargas declarou que a Aliança Nacional Libertadora ilegal em junho de 1935 e ordenou a prisão de seus líderes, sob a alegação de que tinham a intenção de promover um golpe de Estado no país.

Texto produzido por Mario Henrique Reghini
 

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