quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Maomé


Nasceu em Meca, na atual Arábia Saudita e órfão muito cedo, foi criado primeiramente pelo avô paterno, e mais tarde pelo tio, Abu Talib, coletor de impostos e mercador, que o iniciou nas artes do comércio. Preocupado com a idéia de restabelecer a religião monoteísta de Abraão, Ibrahim em árabe, teve na religião sua área de interesse privilegiado, tornando-se um político talentoso, chefe militar e legislador. Aos 25 anos, já com a reputação de comerciante honesto e bem-sucedido, casou-se com a rica viúva Cadidja, 15 anos mais velha do que ele. O matrimônio durou até a morte de Cadidja (617), num castelo pertencente a Abu Talib, que morreria dois anos após, onde o profeta estava refugiado.
Aos 40 anos recebeu a missão de pregar a vontade de Alá, afirmado como deus único, eterno, criador de tudo que existe. As revelações teriam se repetido durante toda a vida do profeta e logo começaram a ser registradas por escrito e com elas compôs o Al Corão. Seu monoteísmo chocava-se com as crenças tradicionais das tribos semitas e foi obrigado a fugir para Iatribe (622), atual Medina, isto é, Cidade do Profeta, onde as tribos árabes viviam em permanente tensão entre si e com os judeus. Estabeleceu a paz entre as tribos árabes e com as comunidades judaicas e começou uma luta contra Meca pelo controle das rotas comerciais.
Conquistou Meca (630) e, de volta a Medina, morreu dois anos depois, sem haver nomeado um sucessor, porém deixando uma comunidade espiritualmente unida e politicamente organizada em torno aos preceitos do Al Corão, cuja edição definitiva seria publicada alguns anos após (650). A nova religião foi chamada islamismo ou Islã, que significa submissão à vontade divina, e seus adeptos, muçulmanos, os que se submeteram.

TEXTO: Isabela Bandini e Murilo Trombini

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