quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Censura e ínicio da Era Vargas -Parte 1-

 Para falarmos sobre a censura da Era Vargas primeiro precisamos ver sobre o que aconteceu durante as eleições até chegarmos a censura.
 Nas eleições de 1930 em que Júlio Prestes saiu vitorioso das eleições presidenciais, realizadas em dia 1 de março. Seu principal adversário, o candidato da AL, Getúlio Vargas, fora derrotado.
 No entanto, os líderes da AL recusaram-se a aceitar esse resultado,afirmando que a vitória de Júlio não passava de fraude.
 O clima de revolta após as eleições presidenciais de 1930 foi aumentando em várias regiões do país. Atribui-se ao governador mineiro Antônio Carlos uma frase que simboliza a tensão existente na época: Façamos a revolução, antes que o povo faça.
 Essas palavras demonstram que as elites da Aliança liberal, preocupadas com as insatisfações populares, tinham consciência de que era preciso agir rapidamente para assumir o comando do processo político. Caso contrário, outros fariam. A revolta ganhou mais intensidade quando João Pessoa, candidato a vice-presidente pela AL, foi assassinado por motivos pessoais e políticos, em 26 de julho de 1930. Esse episódio levou à união e á organização das oposições contra o gorverno.
 Reconhecendo o avanço da guerra civil, militares do Rio de Janeiro, liderados pelos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso, aliaram-se aos revoltosos e depuseram o presidente Washington Luís, no dia 24 de outubro, poucas semanas antes de seu fim de mandato.
 No dia 3 de novembro de 1930, no Palácio do Catete, o poder foi entregue a Getúlio Vargas considerado o chefe político do movimento de 1930.
 Suas primeiras providências tomadas na presidência foram:
*Suspensão da constituição republicana de 1891;
*Fechamento dos órgãos de poder legislativo;
 *Indicação de interventores militares ligados ao tenentismo para chefiar os governos estaduais.

 Aos poucos o governo vargas se mostrou cada vez mais centralizador e também demonstrando interesse em defender as riquezas nacionais. Tudo isso assustou os opositores especialmente os de São Paulo, que desejavam a volta das práticas existentes na 1 república e temiam mudanças socioeconômicas.
 Para enfrentar o governo federal, os líderes do partido Republicano Paulista formaram uma frente única com líderes do Partido Democrático que haviam apoiado a posse de Getúlio em 1930, mas estavam descontentes com a nomeação do interventor João Alberto Lins e Barros para governar São Paulo.
 A oposição política passou a exigir a nomeação de um interventor civil e paulista para o estado. Cedendo a Essas pressões, o presidente Vargas nomeou Pedro de Toledo para a função, mas isso não foi suficiente para silenciar a oposição de São Paulo, que também pedia novas eleições e a convocação de uma assembleia Constituinte. Como ainda controlavam o viciado sistema eleitoral da região, os ricos fazendeiros paulistas acreditavam que, com novas eleições poderiam retomar o controle da situação.
 Instalou-se, então em São Paulo, um movimento constitucionalista que alcançou as ruas, protestado contra o governo federal. Isso mobilizou parte da população. em 23 de maio de 1932, quatro estudantes do estado paulista morreram em confronto com a polícia, numa manifestação pública contra o governo federal. Esse fato exaltou ainda mais os ânimos.
 Com as letras inicias dos nomes desses estudantes mortos, formou-se a sigla MMDC, que se tornou símbolo do movimento no estado. No dia 9 de julho de 1932, teve início a chamada revolução Constitucionalista, que mobilizou 30 mil pessoas armadas em São Paulo para lutar contra o governo federal.

Texto feito por Mario Henrique Reghini

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Era Vargas

Como Getúlio Vargas chegou ao poder? 
Com o rompimento do acordo da política do café com leite, onde o presidente paulista Júlio Prestes sai vitorioso em 1930. E pela derrota do candidato da Aliança Liberal, Getúlio Vargas, e os líderes da AL, se recusaram a aceitar o resultado, afirmando que a vitória Júlio Prestes era fraude.
A revolta foi crescendo em várias regiões do país, que acabou atingindo diversos grupos sociais (operários, militares, profissionais liberais etc.). E criou mais intensidade quando João Pessoa, vice-presidente da Aliança Liberal, foi assassinado por motivos pessoais e políticos. Isso levou à união e à organização das oposições contra o governo.
Em 3 de outubro iniciou-se uma luta armada no estado do Rio Grande do Sul, se espalhando pelos estados de Minas Gerais, Praíba e Pernambuco, com o objetivo de impedir a posse de Júlio Prestes como presidente. 
Com isso, militares do Rio de Janeiro, liderados pelos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso, se aliaram aos revoltosos , depondo o presidente Washington Luís em 24 de outubro, faltando algumas semanas de seu mandato.
No dia 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas entra para o poder, considerado o chefe político do movimento de 1930 (Revolução de 1930).
E assim termina a Primeira República e se dava início a uma nova etapa na história do Brasil, marcada pelolíder gaúcho. Essa época foi estendida até 1945, conhecida como Era Vargas ou período getulista. Nesse tempo, aconteceram significativas transformações socioeconômicas no país, devido aos novos rumos dados às políticas públicas.
A divisão do período tradicionalmente adotada pelos historiadores nos mostra: O Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e o Governo Ditatorial ou Estado Novo (1937).

Governo Previsório
Uma das primeira providências tomadas por Getúlio Vargas ao chegar à Presidência da República, são:
  • suspensão da Constituição republicana de 1891;
  • fechamento dos órgãos do Poder Legislativo (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais);
  • indicação de interventores militares ligados ao tenentismo para chefiar os governos estaduais.
Getúlio pretendia desmontar a estrutura política da Primeira República, baseada no poder dos coronéis-fazendeiros. Os interventores acreditavam que em pouco tempo a força dos grupos políticos tradicionais seriam eliminadas. Não foram, mas reduziram o poder dos representantes dos fazendeiros que sustentavam o regime deposto em 1930.
Aos poucos seu governo se revelou mais concentralizador, demonstrando preocupação com a questão social e interesse em defender as riquezas nacionais.

Maria Isabela M.     2°C

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Crise da década de 1929

 Foi a crise dos Fazendeiros, que acarretou o enfraquecimento do poder político dos coronéis, na década de 1920 ocorreu um grande declínio no preço do café aqui no Brasil como também houve um alto crescimento no setor no cafeeiro e das atividades vinculadas a essa parte. A política do café com leite ou aliança entre Minas Gerais e São Paulo mesclava em maior menor generalismo implantado na constituição de 1891, que concedeu ao estados grande autonomia.
Em 1929 com a crise da bolsa de valores dos EUA, o grande comprador do café brasileiro teve que "romper" as compras de café, na época os EUA era o país que mais comprava o café e com a crise ocasionada pela quebra bolsa de valores o Brasil acabou entrando nessa crise devido à sua dependência de vendas sobre o café e com uma alta quantidade de café sem comprador, isso acabou ocasionando o rompimento da aliança do café com leite pois os coronéis acabaram enfraquecendo na área política, e para contornar a situação eles decidiram se livrar da grande quantidade de café (doando aos pobres, vendendo por um preço muito baixo ou até mesmo jogando-o fora), mas essa tentativa causou um grande descontentamento por parte dos fazendeiros que estavam vendo seu esforço sendo jogado fora causando muitas manifestações por parte dos fazendeiros .
 No fim dessa crise os americanos elegeram o democrata Franklin Delane Roosevelt para a presidência, na esperança que ele reerguesse os EUA a economia. No ano de 1933 ele pôs em pratica o projeto New Deal (do inglês novo acordo), que dava acesso ao governo para tomar controle dos preços e a produção e as fazendas, dessa maneira foi possível controlar a inflação e evitar o acùmulos de estoque, o projeto também tinha como intenção de fazer investimentos em projetos públicos tais como o seguro desemprego que foi feito no intuito de movimentar a economia (uma pessoa desempregada irá ganhar um salário para gastar com o que bem entender, isso fará com que aconteça uma movimentação na industria ecônomica e gerar emprego).

Texto feito pelo aluno Mario Henrique Reghini

Crise do Café: A agonia da primeira república

1930 foi um ano difícil para os cafeicultores. O historiador Boris Fasto, diz que o valor das vendas externas do produto naquele ano declinou em mais de 35%. A causa principal dessa queda brusca das exportações do café foi a crise mundial do capitalismo.

Quebra da bolsa de Nova York
Em consequência a crise de 1929, vários países foram abalados economicamente. O principal motivo dessa crise foi a superprodução da indústria dos Estados Unidos, que cresceu além das necessidades dos mercados interno e internacional.
A queda brutal do valor das ações na Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, foi o marco dessa crise. Levando muitas empresas e bancos à falência e milhões de trabalhadores estadunidenses ficaram, desempregados.

Recessão Econômica
Com a redução de vendas, os comerciantes estadunidenses reduziram suas compras. Que afetou gravemente a enonomia das nações que dependiam das importações dos Estados Unidos.
Assim como no Brasil, deixando de vender milhões de sacas de café para o mercado estadunidense, que causou um desastre econômico, que levou muitos cafeicultores brasileiros à falência e o país à recessão.
A crise do café afetou diversos setores da economia brasileira da época, pois a maior parte do capital das elites econômicas estava investida nesse produto.
A cafeicultura era a atividade econômica mais dinâmica, pelo valor de sua exportação e por toda a importação que custeia. Era produzido em unidades monocultoras, as fazendas de café são os principais núcleos de consumo das safras de alimento. O café também move o sistema de transportes, implantando estradas, ferrovias e portos para servi-lo.

Crise Política
O enfraquecimento econômico dos cafeicultures era também o declínio de seu poder, contribuindo para desestruturar as bases políticas que sustentavam a Primeira República. Se manifestou nas eleições de 1930, no momento de indicar o candidato presidencial à sucessão de Washington Luís.
As elites políticas de Minas Gerais e de São Paulo não chegaram a um acordo sobre o nome a ser indicado para a sucessão. Os políticos em São Paulo apoiavam o candidato Júlio Prestes, do Partido Republicano Paulista (PRP), que era governador do estado. Já os mineiros apoiavam Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, que era o governor de Minas Gerais pelo Partido Republicano Mineiro (PRM).

Aliança Liberal
Com o rompimento do acordo da política do café com leite (desentendimento entre os partidários do PRP e PRM), agitou a cena  política do país, pois a oposição aproveitou o momento para conquistar espaço e formar alianças.
Nisso surge a Aliança Liberal (AL), agrupamento político que reunia líderes do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba.
Nas eleições presidencias de 1930, a Aliança Liberal  lançou o governador gaúcho, Getúlio Vargas, para presidente da República e o governador paraibano, João Pessoa, para vice-presidencial.
Os dois candidatos tiveram apoio de diferentes grupos sociais e políticos, os renovadores queriam acabar com o esquema político tradicional da Primeira República, quanto aqueles que pretendiam apenas conservar o poder em suas mãos. Era o caso do governador de Minas Gerais, Antônio Carlos, que passou a apoiar a Aliança Liberal depois de ter rompido com o governo do estado de São Paulo.
AL apresentava um programa de reformas em que os principais pontos eram:
  •  instituição do voto secreto (para acabar com as fraudes eleitorais e a pressão dos coronéis);
  • a criação de algumas leis trabalhistas (regulamentação do trabalho dos adolescentes e das mulheres, direito de férias etc.);
  • incentivo á produção industrial
Esse programa era aceitado entre as classes médias urbanas e militares ligadas ao tenentismo, dada a semelhança entre as propostas dos dois.

Maria Isabela M.    2°C

Estudo sobre a Grécia antiga.

     Hoje, nós alunos do 1º ano, viemos estudar no contraturno a matéria de história do PAS UEM.
     Aprendemos sobre a Grécia Antiga, a democracia ateniense e o governo oligárquico espartano.
     Muitos vestígios da cultura Grega, está presente no nosso cotidiano, como: a democracia, filosofia.

Alunos: Eduarda Zacharias               1ºB
            João Ferreira                        1ºC

A Revolução Russa

    NO INÍCIO DO SÉCULO XX A RÚSSIA ERA UM PAÍS ATRASADO ECONOMICAMENTE, TENDO 80% DA SUA ECONOMIA VOLTADA NO CAMPO E SÓ 20% DA CIDADE TINHA INDUSTRIALIZAÇÃO. VIVIAM EM UMA MONARQUIA ABSOLUTISTA, TENDO COMO REPRESENTANTE CZAR NICOLAU II.
    OS TRABALHADORES VIVIAM EM EXTREMA MISÉRIA E SEM DIREITOS, PAGAVAM ALTOS IMPOSTOS PARA SUSTENTAR A BASE DO GOVERNO DE CZAR DE FORMA DESCONTENTE.
  A GUERRA CONTRA JAPÃO, A ENTRADA NA 1° GUERRA MUNDIAL, FIZERAM AGRAVAR A RELAÇÃO DO POVO COM CZAR. A INSATISFAÇÃO DOS TRABALHADORES RURAIS E URBANOS MANIFESTANDO A DEMOCRACIA, MELHORES SALÁRIOS, EMPREGOS E O FIM DA MONARQUIA.
  EM 1905 OCORRE O MASSACRE DO DOMINGO SANGRENTO, LIDERADO POR MILITARES COM O COMANDO DE CZAR. O MOTIVO FOI A MANISFESTAÇÃO, PACIFICA, DE MAIS DE 100 MIL TRABALHADORES.
  PARA CONTORNAR TODA ESSA SITUAÇÃO E CONTINUAR NO PODER, CZAR RECORRE A "REFORMAS LIBERAIS", FORMANDO UMA NOVA CONSTITUIÇÃO E ACABANDO COM O SEU SISTEMA ABSOLUTISTA.
COMEÇAVA ASSIM UMA REVOLTA MAIOR AINDA POR PARTE DOS TRABALHADORES, FILHOS DA REVOLUÇÃO.
INFLUENCIADOS POR IDEIAS DE KARL MARX, STALIN E LENIN.
TEMOS DOIS GRUPOS REVOLUCIONÁRIOS, DO POSR, SENDO ELES:
-BOLCHEVIQUES: MAIORIA. ERAM MAIS RADICAIS E PENSAVAM NA IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DO SOCIALISMO/COMUNISMO.
-MENCHEVIQUES: MINORIA. ACREDITAVAM QUE ERA MELHOR A IMPLANTAÇÃO DO NOVO SISTEMA (SOCIALISMO) DE FORMA GRADUAL E LENTA, COM LIGAÇÃO COM A BURGUESIA.
EM 1917 CZAR PERDE O COMANDO E KERENSKY (MENCHEVIQUE) ASSUME COMO GOVERNANTE PROVISÓRIO.
KERENSKY  POUCA COISA MUDOU NA RÚSSIA. LENIN (BOLCHEVIQUES) ORGANIZOU OUTRA REVOLUÇÃO QUE OCORREU EM OUTUBRO EM 1917. COM A SUA IDEOLOGIA, LÊNIN PROPÔS PÃO, TERRA E PAZ E ENFIM CONSEGUIU IMPLANTAR O SOCIALISMO NO TERRITÓRIO RUSSO. A TERRA FOI REDISTRIBUÍDA PARA OS CAMPONESES, A INDUSTRIA ACOLHEU SEUS TRABALHADORES E O BANCO FOI NACIONALIZADO.  
LÊNIN TAMBÉM PROMOVEU A ANISTIA E A RETIRADA DA RÚSSIA DA 1° GUERRA INSTAURANDO ASSIM UM PARTIDO ÚNICO: PC (PARTIDO COMUNISTA)

Nathália de A. Kretschmer 3°A

Revoltas messianicas na Primeira República


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

ENCERRAMENTO DO PROJETO CONTRATURNO

Hoje após 5 anos e três meses encerramos este projeto Contraturno por iniciativa da SEED. Agradeço  a Deus e a  todos os alunos que participaram no decorrer destes anos e contribuíram com suas postagens para manutenção e enriquecimento deste blog. Espero ter contribuído na formação pessoal e profissional de vocês. Desejo a todos vocês muito sucesso e por onde eu for levo comigo um pouquinho de vocês  em meu coração. A justificativa que me foi dada: "é para cortar gastos!" Sempre acreditei na educação como investimento.
Um beijo a todos
Profª Zilda

Agradeço também as 293.652 visualizações deste blog até a presente data!


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Início da Era Vargas

O ano de 1930 foi difícil para os cafeicultores brasileiros. De acordo com Boris Fausto, o valor das vendas para fora do país caiu em mais de 35%, a principal causa disso foi a crise do capitalismo.
 Em 1929 por causa da crise muitos países foram abalados economicamente.

 O enfraquecimento dos cafeicultores significou o declínio de seu poder, contribuindo para desestruturar as bases políticas que sustentavam a Primeira República. Isso se manifestou nas eleições de 1930, no momento de indicar um cadidato ao cargo presidencial para a sucessão de Washington Luís.
 As elites de Minas Gerais e de São Paulo não conseguiram chegar a um acordo sobre o nome a ser indicado para sucessão. Os políticos da situação em São Paulo apoiavam Júlio Prestes, do Partido Republicano Paulista, que era, então, governador do estado. Os políticos mineiros apoiavam Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, que era governador de Minas Gerais pelo Partido Republicano Mineiro.
 O rompimento do acordo da política "café com leite", o desentendimento entre os partidos PRP e PRM, agitou a cena política do país, pois a oposição aproveitou o momento para conquistar espaço e formar alianças. Foi nesse contexto que nasceu a Aliança Liberal, agrupamento político do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba.
 Nas eleições de 1930, a AL lançou o governador gaúcho, Getúlio Vargas, para a presidência e João Pessoa como vice. Os candidatos passaram a ter o apoio de diferentes grupos sociais e políticos, tanto de renovadores quanto de conservadores. Era o caso do governador de Minas Gerais, Antônio Carlos, que passou a apoiar a AL depois de ter rompido com o governo de São Paulo.

 A AL apresentava um programa de reformas cujos principais pontos eram:
 * a instituição do voto secreto
 * a criação de algumas lei trabalhistas
 * o incentivo à produção industrial.

Texto feito pelo aluno Mario Henrique Reghini

Tenentismo

Após uma década da Revolta da Chibata, o descontentamento de diversas camadas sociais com o tradicional sistema oligárquico que dominava a política brasileira estava crescendo. Esse descontentamento era notado entre as populações dos grandes centros urbanos, que não estavam diretamente sujeitas às pressões dos coronéis. 
Esse clima atingiu as forças armadas, se espalhou entre jovens oficiais, a maioria dos tenentes. E acabaram criando uma série de rebeliões, como parte de um movimento político-militar, conhecido como tenentismo.
O movimento pretendia conquistar o poder pela luta armada e promover reformas na Primeira República. Entre suas principais reivindicações, incluíam-se:
  • Moralização da administração pública e o fim da corrupção eleitoral;
  • Voto secreto e ma Justiça Eleitoral confiável;
  • Defesa da economia nacional contra a exploração das empresas e do capital estrangeiro;
  • Reforma da educação pública, para que o ensino fosse gratuito e obrigatório a todos os brasileiros.
A maioria das propostas constava com a simpatia de grande parte da classe média suburbana, produtores rurais que não pertenciam ao grupo que estava no poder e alguns empresários da indústria.
Para o historiador Boris Fausto, os tenentes pretendiam dotar o país de um poder centralizado, com o objetivo de educar o povo e seguir uma política vagamente nacionalista. Queriam reconstruir o Estado para construir a nação. Mesmo não chegando nessa época a formular um programa antiliberal, os "tenentes" não acreditavam que o "liberalismo autêntico" fosse o caminho para a recuperação do país. Faziam restrições às eleições diretas, ao sufrágio universal, insinuando a crença em uma via autoritária para a reforma do Estado e da sociedade.
Fazem parte do tenentismo a Revolta do Forte de Copacabana, as Revoltas de 1924 e a Coluna Prestes. Nenhuma produziu efeitos imediatos na estrutura política brasileira. Porém, a chama da revolta contra o poder e os privilégios das oligarquias sempre estiveram acesas.

Revolta do Forte de Copacabana (1922)
Teve início em 5 de julho de 1922, no Forte de Copacabana, com uma tropa de aproximadamente 300 homens. Os revoltosos decidiram impedir a posse do presidente Artur Bernardes.
Tropas fiéis ao governo isolaram os rebeldes, que não tiveram condições para resistir. Mesmo com a superioridade das forças governamentais, 17 tenentes e um civil saíram às ruas para um corpo a corpo com as tropas opositoras. Apenas dois revoltosos escaparam com vida nessa luta, os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos.
Esse episódio ficou conhecido como Revolta do Forte de Copacabana ou Os Dezoito do Forte.

Revoltas de 1924
Acontece dois anos após a Revolta do Forte de Copacabana, nas regiões como Rio Grande do Sul e São Paulo.
Em São Paulo, aconteceu em 5 de julho, liderada pelo general Isidoro Dias Lopes, pelo tenente Juarez Távora e por políticos como Nilo Peçanha. Com um conjunto de aproximadamente mil homensm os revolucionários rapidamente ocuparam os lugares mais estratégicos da cidade, travando diversas batalhas com as forças do governo.
O governo paulista se viu obrigado a fugir da capital para uma localidade próxima, onde podia organizar melhor a reação contra os rebelde. E recebeu reforços militares do Rio de Janeiro, preparando uma violenta contraofensiva.
Depois de mais de vinte dias no controle, os rebeldes acabaram abandonando a cidade, pois não tinham condições de resistir. Então se forma uma numerosa e bem-armada tropa de rebeldes (Coluna Paulista), liderada pelo militar Miguel Costa, que seguiu em direção ao sul do país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, sendo a tropa liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes, que partira do Rio Grande do Sul.

Coluna Prestes (1924-1926)
As forças tenentistas de São Paulo e do Rio Grande do Sul se uniram em Foz do Iguaçu, no Paraná, e decidiram seguir juntas o país, buscando o apoio popular para novas revoltas contra o governo, com a líderança de Miguel Costa e Luís Carlos Prestes, com isso nasce a Coluna Prestes, nome conhecido entre os historiadores.
Durante mais de dois anos, esse movimento percorreu 24 mil quilômetros, através de 12 estados brasileiros. Sempre perseguida pelas forças do governo, mas através de manobras militares, sempre escapavam. Em 1926, os homens que permaneciam na coluna decidiram entrar na Bolívia e desfazer as tropas.
A Coluna Prestes não provocaram revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo, mas não foi derrotada por ele, o que demonstra que o poder na Primeira República não inatacável. Luís Carlos Prestes voltou ao país posteriormente, e se tornou um dos principais líderes do Partido Comunista. Miguel Costa também retornou ao Brasil e aderiu em 1935 à Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização política anti-integralista.

Maria Isabela M.